Clauder Arcanjo

O Fantasma de Licânia  (Parte I) – Clauder Arcanjo

Para Renard Perez (In memoriam) Dizem que toda cidade que se preza tem que ter o seu rei e o seu fantasma. Como a genealogia da Família Real não passou, nem por longe, pelas ribeiras do Acaraú, o reinado aqui tem sido do sol e,…

Risos mínimos – Clauder Arcanjo

Voltou para casa dois anos depois, apenas para flagrá-lo dormindo, triste e solitário, e dizer-lhe: — Ri melhor quem ri por último. &&& Não sorrira, quando ela se aproximara com seu vestido de festa e uma rosa…

E Acácio conheceu o desabafo – Clauder Arcanjo

Triste de quem vive em casa, Contente com o seu lar, Sem que um sonho, no erguer de asa, Faça até mais rubra a brasa Da lareira a abandonar! (Fernando Pessoa, em Mensagem) Há semanas que eu não via o Companheiro Acácio.…

E Acácio conheceu o desabafo – Clauder Arcanjo

Triste de quem vive em casa, Contente com o seu lar, Sem que um sonho, no erguer de asa, Faça até mais rubra a brasa Da lareira a abandonar! (Fernando Pessoa, em Mensagem) 07 Há semanas que não eu via o Companheiro Acácio. Julgava…

Carta de Deus – Clauder Arcanjo

São 3 e meia da madrugada. Estou em Mossoró, Rio Grande do Norte, neste 26 de abril de 2017. Na madrugada da última quarta-feira, há exatos treze dias, eu escrevi uma “Carta a Deus”. A saudade está posta sobre a minha escrivaninha, e eu…

Cantiga de vazio e esperança – Clauder Arcanjo

São 4 e meia da madrugada. 18 de abril de 2017 lentamente surge no horizonte. Tenho compromisso com a minha crônica semanal; ou seria com o meu leitor dominical? Não sei. Ou melhor, para evitar digressões tolas, fiquemos com os dois. O…

Carta a Deus – Clauder Arcanjo

São 3 e meia da madrugada. Estou em Fortaleza, Ceará, neste 13 de abril de 2017, Quinta-feira Santa. Era assim que chamávamos, na minha província natal, a quinta que antecedia ao Calvário de Cristo, a Sexta-feira da Paixão. Hoje, meu Pai,…

Umas mãos – Clauder Arcanjo

Para Neimar Cândido Câncio estremeceu; ouvindo os gritos da mãe, recebeu o prato que esta lhe ofertava e tratou de sentar à mesa para comer. Isto debaixo de uma saraivada de nomes: ingrato, injusto, maluco, filho desnaturado. — Onde anda…

Peleja – Clauder Arcanjo

Peleja - Clauder Arcanjo Quinta-feira, 4 da madrugada. Não consigo dormir. Levanto-me e lavo o rosto na água fria. Lá fora a cidade dorme. Como se edificada sobre a paz e a glória de homens e mulheres bons e justos. Sento à minha…

Poesia – Clauder Arcanjo

Para o poeta-mestre Hildeberto Barbosa Filho Há poesia no estábulo, no palácio, no silêncio da dor e no suor da romaria. Poesia existe em mim como o cálcio na ossatura dos dias. Dá-me estatura, força e galhardia. Se me perguntam…