Volta e meia ao passado – Wilson Bezerra de Moura

Quase sempre somos acometidos de uma surpresa, ora agradável, noutras ocasiões, desagradáveis. Só que temos o direito de optar pelo melhor, naturalmente aquilo que nos traz contentamento.

Folheando as páginas da história amareladas pelo tempo, nos deparamos com um dos melhores articulistas da imprensa Potiguar, que durante décadas manteve em nossa imprensa norte-rio-grandense a coluna “CENA URBANA”, através da qual enfocava assuntos de caráter político, social, folclórico e, na linguagem comum que agradava aos leitores, era sem dúvida agradável ler o jornalista Vicente Serejo.

Nesse enfoque que nos valemos nesse momento, colhido dos apontamentos históricos de Raibrito, em seu arquivo cuidadosamente conservado, é para lembrar o Natal Cristão, que deu origem à cidade de Natal, capital potiguar, quando tudo transcorria de uma decisão de Jerônimo de Albuquerque ao percorrer meia légua entre o Forte dos Reis Magos até o local de superfície plana, porém alto, e fundou a cidade de Natal, naturalmente numa homenagem ao nascimento de Jesus Cristo.

O desbravador Jerônimo de Albuquerque deu a luz ao Estado criando o povoado de Natal no dia 25 de dezembro de 1599, 99 anos depois da descoberta do Brasil, estando a cidade com 418 anos de fundação em 2017, historiadores, pesquisadores e estudiosos de nossa história relembrando o grande feito de Jerônimo de Albuquerque, ao traduzir significativo ponto histórico para a nossa gente lembrar tal acontecimento.

A beleza que tomou conta da cidade foi dádiva da natureza, que transpareceu ao emergir três pontos fundamentais: a Ribeirinha, a Torre da Matriz e o Louvor de sua Padroeira, Nossa Senhora da Apresentação, em 21 de novembro de 1753, que selou e fechou com chave de ouro a cidade que se originou entre as águas salgadas do Oceano e a água doce do Rio Potengi, às vistas de quem desejar contemplar a beleza da natureza.

A Natal capital Potiguar serviu, serve e continuará a servir de inspiração a muitos poetas e estudiosos que tenham fé e esperança na grandeza de um povo acolhedor, amigo fiel aos visitantes que aqui vêm para assistir de perto o cenário agradável de uma terra abençoada desde o nome até o clima que lhe é peculiar pela localização geográfica.