Vistoria da Marinha encontra 144 objetos proibidos na Penitenciária de Alcaçuz
A vistoria realizada pela Marinha do Brasil no pavilhão 4 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz e no Presídio Estadual Rogério Coutinho Madruga, conhecido como Pavilhão 5, na terça-feira, 21, resultou na retirada de 144 objetos proibidos aos detentos. Foram encontradas na unidade 114 armas brancas, dois celulares, dois chips de celulares e 26 itens como alicates, pinças, etc.
Em janeiro deste ano, uma briga entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Sindicato do Crime do RN, duas facções criminosas que disputam o controle do tráfico de drogas no Rio Grande do Norte, resultou em rebelião que deixou pelo menos 26 detentos mortos e chamou a atenção nacional e internacional para os problemas do sistema prisional potiguar.
Com a vistoria do Pavilhão 4 de Alcaçuz e do Presídio Estadual Rogério Coutinho Madruga, os fuzileiros navais já vistoriaram seis unidades prisionais potiguares este ano. Além das duas unidades inspecionadas na terça-feira, a Marinha já passou pela Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), na Cadeia Pública de Natal, na Cadeia Pública de Mossoró e na Penitenciária Agrícola Dr. Mario Negócio.
Somados os itens removidos dos pavilhões 4 e 5 de Alcaçuz, os fuzileiros retiraram 2.870 objetos proibidos, como celulares, armas brancas e drogas, das unidades prisionais potiguares.
A operação de varredura nas unidades prisionais do RN conta com o apoio de agentes penitenciários do Grupo de Operações Especiais (GOE) e policiais militares. Na vistoria, são usados cães farejadores, detectores de metal e aparelhos de raio-X.
As tropas federais foram liberadas para realizar vistorias nas unidades prisionais por meio de decreto do presidente Michel Temer. Os militares estão buscando armas, aparelhos de telefone e drogas, além túneis e ferramentas para escavação, para prevenir possíveis fugas.
A vistoria e inspeção estão sendo realizadas por Fuzileiros Navais especializados, vindos de outros Estados, com experiência neste tipo de trabalho, que participaram de ações de varredura durante a Copa do Mundo 2014, a Olimpíada 2016, a Pacificação de comunidades e em Missões de Paz.