Veto do Ibama prejudica produção de petróleo

 

Ney Lopes

 

+ Ney Lopes

O IBAMApor razões ideológicas, vetou o pedido de exploração de petróleo na região denominada Margem Equatorial.

A Bacia Potiguar está inserida nessa chamada Margem Equatorial, que é a nova fronteira exploratória brasileira em águas profundas e ultra profundas.

Fica no litoral entre os Estados do Amapá e Rio Grande do Norte.

Tem reservas de 30 bilhões de barris de petróleo.

Isso pode elevar a produção em 1,106 mil barris por dia, a partir de 2029.

O motivo do veto do IBAMA é o radicalismo de posições ambientalistas.

Alega a concentração de grande quantidade de espécies de flora e fauna marinha existentes na área.

O Papa João Paulo II, ao conceituar ecologia humana, levou em conta não apenas a proteção da fauna e da flora, mas também dos homens na Terra.

Entretanto, há quem defenda árvores sagradas no Brasil., assim como a Índia considera as vacas sagradas.

As posições racionais preservam o meio ambiente à economia, associando a produção de forma sustentável, sem destruir, visando o crescimento econômico.

Há técnicas que permitem isto, através de políticas ambientais e autossustentáveis, e no investimento de novas tecnologias para diminuir o grau de danos ao meio ambiente sem diminuir o grau de desenvolvimento econômico

Note-se que a Petrobras no pedido de licenciamento já esclareceu a forma de preservação dessas espécies.

Prejuízo – Diante do veto intempestivo, a sonda e os demais recursos mobilizados na região Margem Equatorial irão para atividades nas bacias da região Sudeste.

O país abre mão do direito de confirmar potencial, que poderia contribuir para o desenvolvimento econômico e social das regiões Norte e Nordeste.

Descobertas – A Margem Equatorial é vista como região promissora, por causa de descobertas realizadas em países vizinhos, como Guiana e Suriname.

Há uma queda na produção do petróleo originário dos campos do pré-sal, na bacia de Santos.

Fontes – Para suprir a demanda futura do Brasil, o país terá de procurar novas fontes, além do pré-sal.

Observe-se ser fato público e notório, que concorrentes da estatal se opõem a exploração da Margem Equatorial.

Ação nacional – A Petrobras vai transformar-se em empresa de energia, mas o petróleo continuará sendo o centro da sua geração de receitas.

Produzirá petróleo e aproveitará as fontes de eólica e solar no Nordeste, numa atuação simultânea e mais nacional.

Gol contra – O veto do IBAMA é um “gol contra” os interesses nacionais.

No mundo existem técnicas de preservação de flora e fauna marinha, com a exploração conjunta de petróleo.

A Petrobras demonstrou no pedido de licenciamento, que agiria com responsabilidade, seguindo a orientação da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.

É hora de mobilização política dos estados da Margem Equatorial, antes que seja tarde.

Ney Lopes – jornalista, advogado, ex-deputado federal; ex-presidente do Parlamento Latino-Americano, procurador federal – [email protected] – blogdoneylopes.com.br

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