Um brasileiro na delegação que recebeu o Papa na Mongólia

O monsenhor Fernando Duarte Barros Reis, encarregado de negócios da Nunciatura Apostólica na Mongólia, junto ao chefe do protocolo, foram os dois primeiros a cumprimentar Francisco na sua chegada ao país asiático, ainda dentro da aeronave. Em entrevista ao Vatican News, o brasileiro da diocese de Jataí/GO exortou que a mensagem de Francisco através de homilias e discursos "não fique confinada nestes 4 dias, mas que possamos sempre voltar a essa fonte de vida que é a palavra do Papa".

Andressa Collet – Vatican News

Antes de encontrar uma das menores Igrejas do mundo, com apenas 1500 católicos, o Papa Francisco foi recebido nesta sexta-feira (1) em Ulan Bator – ainda dentro da aeronave que o levou à Mongólia – pelo chefe de protocolo e também por um brasileiro. Monsenhor Fernando Duarte Barros Reis, da diocese de Jataí/Goiás, trabalha na Nunciatura Apostólica da Coreia e também naquela da Mongólia e foi uma das primeiras pessoas a recepcionar o Pontífice no país asiático naquela que já está sendo considerada pela imprensa local como uma visita histórica, caracterizada pela humildade, como comenta o brasileiro:

“Eu creio que posso resumir  naquela frase de Jesus a São Pedro, dizendo ‘você tem a missão de confirmar na fé os seus irmãos’. O Papa, sucessor de Pedro, servo dos servos e sucessor do Príncipe dos Apóstolos, vem aqui na humildade, portando o Evangelho de Jesus Cristo, nessa terra imensa, nesse país imenso, onde podemos escutar o silêncio – digamos assim – das estepes das montanhas da Mongólia. Então, a expectativa é de muita esperança para uma Igreja jovem, de 30 anos de relações diplomáticas da Santa Sé com a Mongólia, 30 anos do início da plantatio ecclesia, da evangelização aqui nessa terra. Então, olhamos para trás: 30 anos de história e agradecemos a Deus; e olhamos para frente, para o futuro, dizendo: muitas bênçãos e desenvolvimento e que a Igreja possa crescer e ter mais novos adeptos nessa terra do famoso Genghis Khan.”

Monsenhor fez referência ao líder mongol (1167-1226) e imperador mais famoso da Mongólia, conhecida como um dos últimos países de cultura nômade no mundo. O brasileiro também destacou os 30 anos de relações diplomáticas com a Santa Sé, consolidados em junho deste ano com a visita de 5 dias em junho do secretário para as Relações com os Estados e as Organizações Internacionais do Vaticano, dom Paul Richard Gallagher. O mons. Fernando também esteve na recepção oficial do representante do Papa na Mongólia, que por sua vez expressou gratidão aos missionários pelo testemunho inabalável de fé e generoso compromisso com o trabalho de evangelização.

Ainda durante a visita, caracterizada como de preparação à viagem apostólica do Papa que começou nesta sexta (1) na Mongólia, Gallagher chegou a promover o conceito da “cultura do encontro” que tem o poder de superar barreiras, promover a compreensão e fortalecer a cooperação internacional diante de desafios globais. Assim como se propõe Francisco, com o interesse de encontrar a pequena comunidade católica de 1500 pessoas junto ao povo de maioria budista, numa dimensão inter-religiosa muito significativa. Um encontro para ser prosperado no futuro, comenta monsenhor Fernando ao Vatican News:

“Um grande abraço, o meu agradecimento pela atenção e o pedido de oração pelo grande sucesso da visita do Papa neste fim de semana, até o 4 de setembro, mas também depois, o pós-visita, para que a mensagem, as palavras, as pregações, as homilias, os discursos que ele vai fazer aqui não fiquem confinados nesses 4 dias, mas que nós possamos nos meses futuros e no ano que vem e nos anos seguintes sempre voltar a essa origem, a essa fonte de vida nova, de revigoramento que é a palavra do Papa, mensageiro de Jesus Cristo.”

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