Ufersa lança documentário Solo Negro

O documentário ressalta o cotidiano os remanescentes de povos escravizados que vivem no Oeste do Estado.

Solo Negro é o novo documentário que será lançado, na próxima segunda-feira,20, pela equipe da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Para o lançamento, será preparada uma sessão première ao ar livre, na Comunidade Quilombola do Pêga, no município de Portalegre, às 18h30.

O curta metragem de 28 minutos retrata o cotidiano de remanescentes dos povos que foram escravizados e que viveram na Região Oeste do Rio Grande do Norte. A realização do documentário, cadastro como um produto de extensão na Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC), contou com total apoio da reitoria da Universidade.

Segundo o jornalista, Passos Júnior, diretor e um dos roteiristas do documentário, o filme busca resgatar a memória passada e futura dos moradores quilombolas de Portalegre. “O filme vem com a proposta de dar visibilidade a essas comunidades que, apesar de alguns avanços, ainda continuam à mercê do Deus dará”, pontua Passos Jr, que acredita ser também papel da Universidade trazer o tema para discussão.

A ideia é que o filme “Solo Negro” seja uma referência tanto para o município de Portalegre como também para todo o país. “Fizemos uma grande imersão na cultura, costumes e história dos remanescentes de quilombos e o legado que fica é esse importante produto de reconhecimento e de valorização para essas comunidades. É um trabalho audiovisual que servirá para as aulas de história e para a memória nacional”, adiantou o jornalista Carlos Adams.

Juntamente com Passos Júnior, Adms construiu o roteiro do documentário. O jornalista também é um dos produtores do filme, que foi gravado durante três dias seguidos, na primeira semana de novembro (2021).

“Inicialmente, um roteiro aberto com possibilidade de captar depoimentos dos moradores do lugar sobre o passado, o presente e o futuro”, afirma Passos Jr. Outro diferencial do documentário são os protagonistas que já cursam Universidade, inclusive, quatro deles, na Ufersa, como discentes do Curso Licenciatura em Educação do Campo – LEDOC.

Apesar de ser um filme documental, com muitos depoimentos, a direção de fotografia assinada pelo cinegrafista Eduardo Mendonça e a captação de som e edição de imagens por Diego Farias, respectivamente, dão um dinamismo com uma grande carga de emoção, resiliência, superação, humor, a partir da fala dos personagens.

Antes do lançamento, a partir das 17h, haverá apresentação cultural com o Grupo Jovem “Negritude Serrana” e, das Meninas Quilombolas do Arrojado “Negras Nós Somos”. A Ufersa também fará distribuição de brinquedos para as crianças das comunidades quilombolas, arrecadados na Campanha Natal Sustentável: Ajude o Meio Ambiente e Faça uma Criança Feliz, organizada pelo Setor de Mudas da Universidade.

A programação contará ainda com uma exposição de fotográfica da estagiária de jornalismo da Assessoria de Comunicação da Ufersa, Rachel Amorim, que também atua como assistente de produção no documentário Solo Negro.

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