TOQUE ESPORTIVO: O NINHO DO CARCARÁ

POR SÉRGIO OLIVEIRA

Trabalho sério. Assim posso resumir o que vem sendo feito no Mossoró Esporte Clube, o MEC, por seus dirigentes e colaboradores. Trago, com muito prazer e alegria, um pouco do que é construído para conforto, qualidade e melhores condições de trabalho a serem oferecidas aos jogadores e comissão técnica. A faixada do Ninho do Carcará na foto acima mostra bem tudo isso. Nos resta parabenizar e aplaudir, pois sempre criticamos e cobramos quando o dirigente atua apenas como um torcedor que desceu da arquibancada, ou seja, movido pela emoção sem olhar a razão e seriedade que é a missão de dirigir um clube de futebol profissional. Quando alguém chega e faz diferente, temos que registrar. Vejam que estou evitando falar nomes para não ser injusto com os muitos que estão envolvidos na proposta de recolocar o MEC no cenário do futebol do Rio Grande do Norte e com ambições que vão além do Campeonato Estadual, podem anotar. E aqui já manifesto um desejo para que o Ninho do Carcará permaneça sob o comando da diretoria do clube, nada de desviar para outros caminhos que tire esse controle, pois os exemplos que temos de diretorias distintas, uma para o clube e as outra para o Centro de Treinamento, não são bons. Alguns até geraram disputas de poder paralelo e essa é uma situação que não ajuda, só atrapalha. Força, coragem e sucesso a diretoria do MEC em suas duas frentes, o time e as boas condições de trabalho com a construção do Ninho do Carcará.

 

APOIO AO FUNTEBOL FEMININO

 

Depois da eliminação nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, algumas jogadoras do Brasil da seleção feminina de futebol, deram declarações fortes e emocionantes via redes sociais. A jogadora Marta usou a música – Não deixe o samba morrer – como analogia ao futebol feminino que precisa de mais apoio e o carinho da torcida. E foi nesse ponto que veio a declaração da jogadora Bia Zaneratto. Vamos reproduzir na integra as verdades colocadas por ela em suas redes sociais, além de informações graves sobre o investimento nos times brasileiros femininos em comparação com aquilo que é gasto no futebol masculino.

 

Escreveu ela: “Que o futebol feminino precisa de mais investimentos, apoio e torcia vocês já sabem né? Mas aposto que disso vocês não estavam ligados. Vocês sabiam que os gastos totais de um time feminino em 2021 são em média R$ 100 mil, valor menor do que o investimento em m único jogador do futebol masculino nos anos 1980? E que nos anos 80 o recorde de um jogo masculino foi de 161 mil torcedores enquanto no fut feminino até 2021 o recorde foi de 28 mil pessoas? Pois é, parece que estamos presas nos anos 80 né? Vivendo algo que parece passado, mas que infelizmente não é. O futebol feminino depende de mais investimentos, apoio e torcida, então bora ajudar a gente nessa, dando visibilidade e usando a #PresasNos80, pra tentar mudar essa realidade”.

 

VÉSPERA

 

Entramos no mês véspera da largada do Campeonato Potiguar da Série B no qual, além do troféu de campeão, existe o desejo maior de todos que é o de conquistar a vaga para disputar a Série A do próximo ano. Se o mês é de véspera isso significa que, impreterivelmente, os times precisam iniciar a fase de treinamento e, se possível, disputar alguns amistosos para ajustar a parte tática. Tem tempo suficiente até o dia 14 de setembro quando acontece a rodada de largada do campeonato. É preciso que as diretorias trabalhem certo na contratação e as comissões técnicas possam definir uma programação que aproveite da melhor maneira possível o tempo disponível, não pode desperdiçar nada naquilo que poderíamos chamar de, pré-campeonato, já que a temporada teve início lá no mês de janeiro. Um bom trabalho para todos os participantes.

 

HISTÓRIAS

 

Os medalhistas e suas histórias de vida carregadas de muitos desafios e superação. Vou começar dizendo que tem até atleta que não sabia que estava inscrita nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Essa situação aconteceu no tênis, que acabou com medalha histórica na dupla. Depois vem a turma da ginástica artista, também com medalha, com a base de treino na favela, em projetos sociais antes de chegar a um grande clube. Atletas que passaram por cirurgias dias antes da viagem e outros que improvisavam equipamentos para treinar, por falta de dinheiro. É caso do surfistas que usava uma tampa de caixa de isopor. Enfim, é muita história de superação o que acaba valorizando mais ainda a conquista. Valores que vão além do bronze, da prata e até do ouro das medalhas. Aplausos fortes para nossas guerreiras e os nossos guerreiros do Brasil. Muito talento para ser atleta de alto rendimento e superação nas adversidades.

 

A BASE

 

Olhando para os Jogos Olímpicos ficamos cada vez mais convencidos da importância dos Jogos Escolares e dos projetos sociais focados em atividades esportivas. Vejam que muitos dos atletas medalhistas ou não, tiveram suas bases de formação nesse tipo de trabalho. Claro, sempre observando quem são os envolvidos nas orientações, é preciso ter profissional capacitados, e não improvisar com quem apenas fala de esporte e não traz na bagagem a devida qualificação técnica. É muito importante lembrar do caráter da pessoa que ficará responsável por seu filho. O trabalho no esporte ou na escola, é uma sequência da educação que recebemos dentro de casa.

 

SITUAÇÃO

 

Tenho a impressão que dessa vez não será possível citar que “o futebol é uma caixinha de surpresas”. Faço referência a situação do ABC na Copa do Brasil depois de perder o primeiro jogo, 6 a 0, na fase quartas de final para o Flamengo. Os potiguares precisam fazer 7 a 0 para classificar de forma direta enquanto os cariocas podem até perder por 5 a 0 e, mesmo assim, ficará com a vaga. Alguém que não esteja amarrado rasgando dinheiro, acredita que isso venha acontecer? Creio que não, porém deixo sempre o direito de pensar diferente para quem pretenda se arriscar nessa aventura. Cabe ao alvinegro natalense fazer bom uso do dinheiro que ganhou até aqui e seguir com sua vida concentrando suas atenções na Série D do brasileirão.

 

SELEÇÕES

 

Tristeza de um lado e festa do outro com as seleções de futebol do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Com a equipe feminina não veio a classificação, já com a masculina o time conseguiu avançar para a fase semifinal e vai enfrentar o México. Pela oitava vez chegando a uma semifinal olímpica. Fica aqui o desejo manifestado pela jogadora Marta para que não deixem o samba morrer, uma analogia ao futebol feminino e em especial, ao trabalho na seleção brasileira. Por fim, ficamos também na torcida para que o grupo masculino consiga avançar, passe pelo México e parta para cima da medalha, de preferência em tom dourado. Futebol já mostrou que tem, só precisa é ter mais ambição para quando chegar de frente para o gol finalizar. Ainda percebemos essa falha no momento decisivo.

 

Rapidinhas

 

  • MEDALHA de bronze para o Brasil no torneio de tênis feminino de duplas. Luisa Stefani e Laura Pigossi nossas medalhistas.

 

  • NO mapa do Brasil. A cidade de Baia Formosa-RN, terra do medalhista Ítalo Ferreira, recebe etapa do Campeonato Brasileiro de Surf.

 

  • SÓ no sábado o Japão registrou mais de 4 mil casos de contaminação por Covid-19. Muita gente circulando, inclusive saindo da Vila Olímpica.

 

  • A pressão por resultados positivos tem afetado a saúde mental de alguns atletas. É o tema do momento.

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