TJ nega liberdade a policiais acusados de integrar grupo de extermínio em Mossoró

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte (TJRN) avaliou nesta terça-feira, 30, o pedido de Habeas Corpus encaminhado pela defesa de policiais militares, presos por suposto envolvimento com um grupo de extermínio que atuava em Mossoró.

Como base para o pedido, a defesa argumentou pelo “constrangimento ilegal” na prisão dos acusados, mas os desembargadores optaram pela manutenção da prisão preventiva decretada pela 1ª Vara Criminal de Mossoró.

Os PMs foram detidos durante as ações da operação “Intocáveis” realizada no mês de junho do ano passado.

A ação foi executada pela Secretária Estadual de Segurança Pública, Ministério Público Estadual, Polícia Civil, e pelo Comando da Polícia Militar no dia 22.

A investigação levou cerca de noves meses, conduzida pela Força Nacional de Segurança e resultou na prisão de seis integrantes da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, suspeitos de integrarem o grupo de extermínio que atuava na região de Mossoró.

De acordo com as denúncias, o grupo justificava as mortes como “legítima defesa” e “no cumprimento do dever legal”. As denúncias são relativas a sete assassinatos e uma tentativa de homicídio.

O caso tem movimentado a cidade de Mossoró. Em abril um abaixo assassinado foi elaborado pela população com pedido de libertação dos policiais. O caso continuará sua tramitação com os policiais presos.