Tibau de ontem e de hoje – Parte Final – por Geraldo Maia do Nascimento

Artigo: Tibau de ontem e de hoje – Parte Final – [email protected] – por Geraldo Maia do Nascimento

Tibau de ontem e de hoje 

Final

Tibau, como a maioria  das praias ditas de veraneio, sofre com o problema da superlotação nos primeiros meses de cada ano. O município, que tem uma população fixa de aproximadamente 4.173 habitantes, segundo estimativa do IBGE para 2021, chega a receber nesse período mais do dobro da sua população. E o resultado não podia ser outro: colapso total.  Não é exagero que se diga que em dezembro, Mossoró se muda para Tibau. E lá permanecem até fevereiro, quando recomeçam as aulas da criançada.

O município de Tibau foi criado através da Lei nº 6.840, de 21 de dezembro de 1995, tendo sido desmembrado do município de Grossos, do qual era distrito. Limita-se ao Norte com o Oceano Atlântico e com o Estado do Ceará; Ao Sul, com o município de Mossoró; Ao Leste com o Oceano Atlântico e Grossos e a Oeste com o Mossoró e o Estado do Ceará. Sua superfície tem uma área de 169.365 Km2, o que equivale a 0,32% da superfície do Estado do Rio Grande do Norte, e sua temperatura média fica em torno de 27oC. A sua densidade demográfica fica em torno de 21,79 hab./Km2.

O Escritor Milton Guedes, ex-Secretário de Turismo de Icapuí/CE e Tibau, atual Coordenador Cultural de Tibau, em seu livro “Tibau – Perfil de uma Cidade Praia”, publicado pela Coleção Mossoroense, traça um diagnóstico das potencialidades do lugar, quanto a dimensão econômica, dizendo: “Pesca, construção civil, camarão do mar (em viveiro), petróleo no mar, mel, castanha de caju in natura, carnaúba (palha, cera e artesanato), comércio (barracas de praia, bares, farmácias, supermercados e panificadoras), turismo (nas águas termais, pontal, praia, hotéis, bares e similares), taxistas, passeio de barcos, criação de peixes (em cativeiro), artesanato, culinária local, fruticultura irrigada”.

Famosa por suas águas mornas e suas dunas de areia coloridas, Tibau passou a atrair turistas não só do Rio Grande do Norte, mas também de Estados vizinhos como o Ceará e a Paraíba.

Mas não é de hoje que a beleza de Tibau desperta a atenção de quem a conhece. Tem sido assim desde a sua origem. Tibau foi descoberta pelo navegador holandês Gideon Morris de Jorge em fevereiro de 1641. Após constatar a existência de salinas do Rio IWIPANIM (hoje, rio Mossoró) e maravilhado com a variedade de areias, observadas através de uma luneta, chamou pela cor que predominava: Morro Vermelho.

Tibau hoje é uma cidade em fase de modernização. Grandes empreendimentos já fazem parte da geografia da cidade, tanto na área residencial, como comercial. Durante o período de veraneio, os eventos musicais e esportivos que ali são produzidos, atraem centenas de pessoas, das cidades próximas, o que contribui muito para a economia local.

No artesanato, Tibau se destaca pelas famosas garrafas de areia, um tipo de artesanato que hoje se produz até no exterior, mas que comprovadamente surgiu em Tibau, em função das suas dunas multicor. A comprovação desse fato encontra-se no livro “Garrafas de Areia de Tibau”, do historiador e folclorista Veríssimo de Melo, publicado em 1962, que na época era Diretor do Departamento de Cultura Popular do Instituto de Antropologia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

Dessa forma encerramos essa série de artigos sobre a Praia de Tibau, escrevendo de frente para o mar, observando um pôr do sol deslumbrante, típico das praias nordestinas.

Pesquisador e Escritor: Geraldo Maia do Nascimento – [email protected]

 

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