Servidores municipais ameaçam deixar de trabalhar na zona rural caso auxílio deslocamento não seja reajustado

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) realizou na terça-feira, 03 de maio, assembleia para discutir a campanha salarial 2016. Os servidores reivindicam reajuste de 11,36% nos salários a partir deste mês e também o reajuste do auxílio deslocamento para a zona rural, que não é atualizado desde o ano de 2011. Sem a correção, afirma a presidente do Sindiserpum, Marleide Cunha, os servidores deixarão de ir trabalhar na zona rural.

“O valor pago aos servidores por deslocamentos até a zona rural não é reajustado desde o ano 2011, mas, desde então, os combustíveis só tem aumentado de preço, o que resulta em prejuízo aos servidores. Queremos o reajuste e a Prefeitura não pode negar sob o argumento da Lei de Responsabilidade Fiscal, pois esse auxílio é uma verba indenizatória, os servidores não podem estar pagando para trabalhar”, conta.

Marleide Cruz informa que no próximo dia 16 a categoria irá se reunir com o prefeito Francisco José Júnior para falar destes e outros pontos.

Sindicato denuncia sobrecarga e falta de condições de trabalho

Ela afirma ainda que a assembleia desta terça serviu para que se discutisse sobre a reunião realizada ontem, 02, com a secretária municipal de Saúde, Leodise Cruz, quando foram tratados temas, sobretudo, ligados às condições de trabalho dos servidores. A presidente denuncia que, devido à falta de profissionais, servidores têm sido sobrecarregados e desviados de função.

“Temos agentes comunitários de saúde realizando serviço de limpeza nas unidades por falta de ASG, além dos problemas na estrutura física das unidades. Desde janeiro deste ano a Prefeitura reduziu de dois para apenas um técnico no laboratório de cada Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o que sobrecarrega os servidores, que estão ficando doentes”, declara Marleide Cunha.

Questionada sobre a denúncia de sobrecarga de trabalho dos técnicos de laboratórios das UPAs, a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde informou que o assunto foi debatido entre a secretária Leodise Cruz e representantes dos servidores em reunião na segunda-feira, 02 de maio, e que a pasta solicitou que a realização de auditoria para apurar o caso.

“Foi solicitado a profissionais de carreira que fizessem levantamento da quantidade de exames realizados por mês dividindo pela quantidade de técnicos por plantão. O resultado, junto com outras reivindicações do Sindicato, será analisado com base no que é estipulado pelo Conselho Nacional de Farmácia para correção em caso de irregularidades”, declara a assessoria.