Sem Tancredos e Teotônios

Com o título acima, em sua coluna de hoje no Estadão, a jornalista Eliane Cantanhêde analisa o aspecto de que existe no país, com o vácuo de lideranças políticas. No momento, a Lava Jato corre solta e o Congresso, partidos políticos e os políticos lutam para escapar de uma dramática situação. E informa que estão estão sendo lançadas duas biografias fascinantes, escritas por jornalistas. Em Senhor República (Record), Carlos Marchi usa a incrível trajetória de Teotônio Vilela para um passeio pela história recente e, em Tancredo Neves, o príncipe civil (Objetiva), Plínio Fraga decifra uma das mais instigantes esfinges da política brasileira.

A jornalista pergunta diante de cada obra:”onde estão hoje os Teotônios e Tancredos? E os Ulysses Guimarães? Cadê os grandes políticos, que têm força moral e espírito público, negociam, recuam para avançar, confrontam quando necessário, compõem quando convém? Aliás, cadê os especialistas em suas áreas, como os economistas Roberto Campos e Delfim Netto?”

Na opinião de Cantanhêde, “eles desistiram de eleições e sumiram do Congresso, deixando um vazio que vem sendo preenchido, legislatura após legislatura, por aventureiros que saem de minutos de glória para mandatos nos quais o que parece importar menos é o bem público.”