RN tem 19 mil trabalhadores por aplicativo, aponta IBGE

O Rio Grande do Norte possuía, no 4º trimestre de 2022, 19 mil pessoas realizando trabalho por meio de plataformas digitais ou obtinham clientes e efetuavam vendas através de plataformas de comércio eletrônico no trabalho principal. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostram que 12 mil pessoas desse total trabalhavam por meio de aplicativos de serviços, como entregas. Com isso, a pesquisa revelou que 1,1% da população potiguar ocupada no setor privado trabalhava por meio desses aplicativos. O percentual registrado para o Brasil foi de 1,7% e para a grande região do Nordeste foi de 1,4%.

 

A pesquisa aponta ainda que trabalhadores por plataformas ganham 31,1% a mais do que aqueles que ocupam empregos formais no RN. A diferença também foi observada no cenário nacional e regional. O rendimento médio recebido no trabalho principal foi estimado em aproximadamente R$2,5 mil para o Brasil, sendo R$1,5 mil para a região Nordeste e R$1,7 mil para o RN. Entre os plataformizados, esse valor alcançava R$ 2,6 mil, R$ 1,8 mil e R$ 2,2 mil, respectivamente. Uma estimativa 5,4% superior à do rendimento médio dos não plataformizados para a média do Brasil, 23,5% acima da média para região Nordeste.

 

Desta forma, o Estado potiguar é o que apresentou o maior rendimento médio entre os trabalhadores por plataformas, levando em consideração os demais estados do Nordeste. No entanto, a jornada de trabalho dos trabalhadores potiguares plataformizados era em média, 46,5 horas por semana no trabalho principal, sendo essa jornada nove horas mais extensa que a dos demais ocupados do estado (37,5 horas). No Brasil, a diferença média é de 6,5 horas.

 

De acordo com o IBGE, a coleta das informações ocorreu no 4º trimestre de 2022 e considerou o trabalho principal das pessoas de 14 anos ou mais de idade ocupadas no período de referência, exceto empregados no setor público e militares. As estatísticas abrangeram indicadores sobre o perfil sociodemográfico e sobre as características do trabalho daqueles que utilizavam plataformas digitais para o exercício do trabalho, assim como sobre as que estavam em trabalho remoto ou teletrabalho. As estatísticas são experimentais, isto é, estão em fase de teste e sob avaliação.

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