Rio Grande do Norte tem mais de 27 mil pessoas na fila para cirurgias eletivas

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou ao Ministério da Saúde, dados sobre a fila de espera por cirurgias eletivas no estado. São mais de 27 mil pessoas no aguardo de procedimentos.

De acordo com o MS, 6.676 cirurgias estão previstas para ocorrer dentro da fase atual do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas (PNRF). O repasse total é de R$ 10 milhões, sendo metade para o estado e metade para os municípios.

Para Maria Eliza Garcia, Presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RN (Cosems/RN), esse número, não é considerado suficiente para reduzir a demanda. Pela avaliação dela, com esse repasse do programa do Governo Federal, o Estado conseguirá realizar apenas 6% dessas cirurgias.

A médica Lyane Ramalho, titular da SESAP, confirmou que o número de cirurgias previstas para essa primeira fase é menor que o necessário, mas afirmou que o teto do programa do governo federal está aberto, caso haja cumprimento da demanda.

No ano de 2022, o plano estadual realizou cerca de 20 mil cirurgias eletivas, com foco nas urológicas, vasculares e ortopédicas, por exemplo. Dos R$ 5 milhões que serão investidos pela Sesap através do programa federal, já foram repassados R$ 1,7 milhão.

Lyane destacou a importância da organização em parceria com serviços municipais e filantrópicos para distribuir as cirurgias de forma regionalizada. Quanto mais rápido forem realizados os procedimentos, os novos recursos serão disponibilizados.

A presidente do Cosems, considera as cirurgias eletivas como um “grande gargalo” do Sistema Único de Saúde (SUS) no momento. Ela alertou que o valor de R$ 10 milhões recebido atenderá apenas 6% das cirurgias de média complexidade, sendo que mais de 27 mil pessoas aguardam esses procedimentos no RN. Além disso, Maria Eliza ressaltou a necessidade de resolver a demanda de cirurgias de alta complexidade, como as oncológicas, cardíacas e de trauma em tempo hábil, para evitar óbitos causados pela demora da realização dos procedimentos.

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