Repórter que sempre fui: onde trabalhei (II)

Sempre considero que o jornalismo se resume ao conceito e ao trabalho do “repórter”. Há várias outras ramificações na profissão, porém, é o repórter que possui o discernimento para mostrar as múltiplas facetas de uma notícia.

Ele dá vida à informação, analisa em minúcias, conta histórias

com singularidades diferentes. Conclui-se que somente o cérebro humano, e não os recursos cibernéticos, conseguem alcançar esses objetivos.

O repórter descobre o que existe por “trás da notícia”. Atualmente, é possível transmitir uma informação com maior rapidez, proporcionando acesso, através das mídias digitais. A propósito de mídias digitais, elas têm o diferencial de serem instantâneas. Isso não quer dizer que a informação televisada, escrita ou auditiva tenha sido substituída. Ainda predomina

a descoberta minudente do fato pelo repórter, em seus detalhes, garantindo a sobrevida dos meios tradicionais de comunicação e o interesse permanente do público.

Quando destaco a importância do repórter é por ter tenta-
do ser no jornalismo basicamente um repórter. Ainda hoje, fa-
ço essa tentativa, mesmo sem frequentar as redações diárias.

Escrevo diariamente, seguindo a máxima “informação com

opinião”. Busco “o fato do dia” para analisá-lo, sem a pretensão de ser o dono da verdade. Acordo em “hora de vaqueiro” e tento disponibilizar informações atualizadas e interpretadas.
Permitam-me que narre alguns fatos curiosos, ocorridos na minha vida de repórter. Comecei aos 14 anos de idade, na Tribuna do Norte, numa oportunidade que me foi dada pelo honrado jornalista Waldemar Araújo, de saudosa memória.

Guardo o primeiro texto publicado, no dia 11 de fevereiro de
1960, num espaço que tinha o título Um Fato em Foco.
Depois da Tribuna do Norte, vieram períodos sucessivos

como repórter, o que me ajudou a custear os estudos na Faculdade de Direito, em Recife e em Natal, onde concluí o curso.

Passei por vários órgãos da imprensa: Ordem (jornal católico semanal), Diário de Natal, O Poti, Diário de Pernambuco

(inclusive correspondente no RN), Jornal do Comércio do Re-
cife (como repórter especial), Folha de SP (sucursal Nordeste

em Recife e correspondente no RN, por vários anos), Jornal do

Brasil (sucursal do Nordeste), assessoria de imprensa da Sudene, revista O Cruzeiro (muita famosa nos anos 60), colabora-
dor da revista Brasília em Dia, editada em Brasília, Gazeta do

Oeste, revista RN Econômico, Jornal de Hoje em Natal e, atual-
mente, articulista semanal do portal Diário do Poder, editado

em Brasília pelo jornalista Cláudio Humberto, jornal AGORA
RN e Jornal de Fato.

Uma experiência singular foi trabalhar na improvisada redação do jornal A Ordem e da Rádio Rural, que funcionavam

na rua Açu, em Natal, em meio à construção da atual Catedral
de Natal. Mesmo assim, nunca perdi a mania de perseguir o
“furo” jornalístico, com o objetivo de informar ao público fatos
desconhecidos e omissos nas notícias divulgadas.

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