Rendeiras do RN dobram as vendas após formalizarem negócio com associação

Associação ajudou principalmente a lidar com o mundo digital, o que é um pouco difícil para senhoras que fazem renda desde o tempo em que não existia internet.

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Na praia de Ponta Negra, em Natal, no Rio Grande do Norte, uma associação ajuda artesãs que produzem rendas a faturar e ganhar mercado. Aos 89 anos, a vó Maria é considerada mestra rendeira local.

A técnica de tecer com os bilros, as agulhas de madeira, foi trazida para o Brasil pelos portugueses há mais de quatro séculos. A rendeira se senta na frente de uma almofada e vai construindo a trama a partir de um desenho que lembra uma partitura musical.

É como um balé de dedos hábeis, que fazem um som conhecido como a “zoada” dos bilros. Para gerar negócios, as rendeiras montaram a Associação Rendeiras da Vila de Ponta Negra, com 80 participantes.

Elas fazem peças como toalhas, saias, blusas e centros de mesa. O preço é calculado pelo tempo da mão de obra, que é 80% dos custos. Desde que a associação se formalizou, em 2019, as vendas dobraram.

As empreendedoras também vendem produtos para outros estados. A associação ajudou principalmente a lidar com o mundo digital, o que é um pouco difícil para senhoras que fazem renda desde o tempo em que não existia internet, muito menos computador.

Quem cuida da gestão digital é Maria Marhé, coordenadora da associação que também fatura com cursos de renda para o pessoal da vila e turistas. No fim do trabalho, o espaço se transforma em uma tapiocaria, administrada pelo Joka, filho da vó Maria.

Rendeiras de Bilros da Vila de Ponta Negra

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