Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo

Artigo da Semana - A INVERSÃO DE VALORES, DE UM MUNDO PÓS-MODERNO – [email protected]

A INVERSÃO DE VALORES, DE UM MUNDO PÓS-MODERNO

Nas gerações que venho acompanhado, tudo é tão desigual, tão fora da realidade e do bem comum, que até chega a ser estranho e irreal. Até porque, passo a passo, as bases da sociedade vêm sendo destruídas, e aniquilada a ideia de família. E os valores como moral, Perseverança, justiça, ética, mansidão, paciência, humildade, altruísmo, empatia, na visão desta geração, são colocados como coisas do passado, ou coisas de pessoas retrógradas.  E quem ousa falar, ou viver dentro do modelo do mundo real de valores, é chamado de doido ou atrasado. No entanto, a doutrinação anunciada pela classe que se denomina de evoluídos sociais, tão-somente, ensina que o certo é errado e o errado é certo. O que vem levando a sociedade a uma convulsão.

Todavia, as sagradas letras vêm ensinado e corrigindo as condutas erradas, ao afirmar: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo! Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e prudentes em seu próprio conceito! Ai dos que são heróis para beber vinho e valentes para misturar bebida forte, os quais por suborno justificam o perverso e ao justo negam justiça! Pelo que, como a língua de fogo consome o restolho, e a erva seca se desfaz pela chama, assim será a sua raiz como podridão, e a sua flor se esvaecerá como pó; porquanto rejeitaram a lei do SENHOR dos Exércitos e desprezaram a palavra do Santo de Israel.” (Isaías 5: 20-24)

Entretanto, no mundo do capitalismo selvagem atual, onde o consumismo tem o domínio das pessoas, e o desejo da conquista das riquezas a qualquer custo, deu margem ao nascimento da inversão de valores, e por consequência a crise dos valores éticos e morais. É exatamente, essa aversão aos valores humanos, que vem conduzindo as nações ao desespero existencial, e ao desprezo ao dom de viver.

Imediatamente, com a instalação da crise de valores no seio da sociedade, ficou perceptível, a mudança e a fragmentação do comportamento humano, trazendo um impacto profundo as relações sociais, o que levou o indivíduo ao individualismo e a visão do seu eu, em detrimento do outro.

Como fundamento histórico, a percepção de inversão de valores teve seu início com o liberalismo, o chamado de anos dourados. E assim, os valores humanos, foram diluindo-se em retóricas e narrativas.

Tanto as retóricas, como as narrativas, foram paulatinamente, manipulando as multidões, a política e as religiões. E o que se tinha como base social e moral, foram transformadas em: “vamos viver o momento sem culpa”. E desta forma, a ética e a moral, passaram a ser coisa do passado. E o bem, passou a se chamar de mal, e o mal de bem.

Como justificativa, alguns afirmam que as gerações passadas são hipócritas e comodistas, os quais nunca levariam a humanidade a evolução. Por outro lado, a degradação humana, começando pela forma física e terminando na forma mental, é tão grande que muitos são levados a loucura de uma existência sem sentido.

Nesta nova visão, de liberalismo total, que gera a inversão dos valores, estão atuando o cinema, o teatro e o pacto social do vantagismo. E o que fica perceptível e que a sociedade ficou acéfala e desgovernada como uma nau sem rumo. E a partir deste ponto, o salmista exclama: “Quando os fundamentos são destruídos, que pode fazer o justo?” (Salmos 11:3).

E a destruição dos valores, como: a ética, a moral, a perseverança da justiça, a justiça ética, a mansidão, a paciência, a humildade e o altruísmo, caprichosamente, vem desvirtuando do bem comum social em virtude de narrativas doentias e estilos de vida que levam a ruina eterna.

Uma dessa narrativas doentias, tentam impor a sociedade que é necessário aceitar tudo sem questionar, o que vem levando muitos jovens confusos a todos os tipos de desvios comportamentais. E ao mesmo tempo, ao desprezo a orientação paternal e maternal. Não é à toa, que temos uma multidão de jovens, presos nas drogas, nas cadeias e mortos.

E nossa herança, deixada pelos nossos antepassados, foi trocada pela sociedade sem limites, e pela ditadura do relativismo. E desta forma caminham nossos jovens, onde, o certo é errado e o errado é certo; a luz é escuridão e a escuridão é luz; o doce é amargo e o amargo é doce, e estes são caminhos de ruina e de destruição.

E assim, quando imaginamos que a maldade chegou no seu limite, temos a terrível surpresa de algo pior. E em cooperação com essa falta de limites, surge os meios de comunicação atuando no desprezo ao bem e glorificando o mal.

Portanto, as consequências negativas da inversão de valores, são anunciadas todos os dias.  Os quais vem bombardeando nossas crianças, jovens e adultos a terem um estilo de vida que não condiz com a boa conduta familiar, com a educação, com o ambiente escolar, com os princípios humanos, com a ética, com a moral, com justa justiça. E a parte mais degradadora é a tentativa de roubar a fé. Então, eis que é chegado o momento em que precisamos reaprender os valores humanos que nos unem como sociedade. Os quais são; ensino de qualidade sem doutrinação, amor ao próximo, bem querer aos seus familiares, respeito aos idosos, valorização da fé e da religião. E a conscientização de buscarmos sermos melhores a cada dia.

 

Pesquisador e  Escritor: Ricardo Alfredo

 

 

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