Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo

FIDES ET RATIO – Fé e Razão

Conta-nos a história humana, que a evolução científica foi em pequenos passos, e ao longo de muitas décadas. O que gerou para a humanidade um profundo atraso nas questões tecnologias, e no avanço de tratamentos contra as doenças. Principalmente, pelas dúvidas impostas ao povo em relação a cura de doenças através das vacinas.

Mais tarde, com o domínio da religião sobre o conhecimento, e a impossibilidade imposta ao povo, em relação ao saber científico, as nações foram levadas aos mares profundos da escuridão dos saberes. O que provocou o surgimento de povos primitivos e irracionais. O domínio através do medo, e da escalada do terror, induziram os povos, ao mais completo pavor ao conhecimento e as práticas dos saberes. Tudo, liderado pela teologia da condenação eterna. Termo usado, de forma condenatória, para qualquer pesquisador da época ou cientista, que ariscasse contradizer os ditos religiosos dominantes. Não que a religião seja ruim, pelo contrário, a verdadeira religião, que é a fé, manifesta-se na caridade, é a maior prova da evolução de um povo em todos os aspectos, como: cultural, social e moral.

Neste espaço histórico, se faz salutar, evidenciar que a verdadeira fé, em nada se coaduna com os ditames das religiões humanas e seus dogmas. Os quais, são apenas preceitos de homem ávidos pelo poder e pelo controle dos incautos. E quando de boa-fé é feita uma pesquisa legítima, logo se comprova, que a fé é libertadora, questionadora e acima de tudo, produtora da evolução da alma humana.

Na curiosidade do saber, que é inato ao ser humano, e na necessidade de sobreviver diante dos obstáculos impostos pela vida, iniciamos o desenvolvimento da ciência, até nossos dias. Por outro lado, temos por parte de alguns desinformados, uma guerra entre fé e razão. A fé, parece estar inserida no DNA humano. Visto que, todos em seu coração são dotados de esperança que é um dos aspectos da fé. E isso é independente da cultura em que o ser esteja colocado ou tenha aprendido. No aspecto interno do pensar, acredito que, a fé, já estar codificada no DNA da espécie humana. Já a razão, digo, o pensamento crítico, que tem como base a teoria da prova ou da possibilidade de se repetir em laboratório, vem crescendo e tomando forma ateísta. Todavia, muitos pesquisadores e filósofos, vem aproximando-se da fé pela razão.  E ao passar das gerações os cientistas chegaram ao topo, e lá estaremos, todos os teólogos,  sentados e debatendo as formações das cortinas celestiais.

Na história humana, o conflito entre a fé e a razão, teve o seu clímax no período medieval entre os adeptos das boas novas, o Evangelho, e os adeptos da moralidade gregos e romanos e seus pontos de vista de liberdade sem limites. E assim, a relação harmônica entre fé e razão, pode advir de suas naturezas. A razão a natureza das coisas palpável, enquanto a fé é um dom especial da visão eterna. E as duas são combates dos erros e fonte da verdade universal.

Portanto, quando tratamos da razão, podemos conceituar de forma direta, ou seja, dizer que a razão é a competência do uso do pensamento dentro da lógica, que sempre vem abordando as conclusões adequadas a partir da sua proeminência, métodos, e de suas de análise. A razão nos ajuda a compreender o mundo e o universo, em que estamos inseridos, e a descobrir bases sólidas para aquilo em que acreditamos. Por outro lado, a visão espiritual, ou seja, a fé, pode ajudar-nos a compreender os erros mitológicos da ciência e nos indicar o verdadeiro entendimento daquilo que é imperceptível aos olhos humanos.

Escritor: Ricardo Alfredo