Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo

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A POLÍTICA NUM PAÍS CHAMADO BRASIL

É lamentável que o Brasil desde a sua descoberta (1500 d.C.) até nossos dias, vem sendo governado e administrado pela cleptocracia, ou seja, Estado governado por ladrões. E a vida brasileira, é simplesmente uma transição entre a formação de grupos mafiosos e a ideia no coração do povo de uma país de justiça social.

Quando partimos da ideia de um projeto legal de nação, tendo como suporte as instituições formais, principalmente, o poder judiciário que é um forte combatente dos erros sociais e os desvios de condutas, e que ainda mantém a nação de pé. E sendo a última trincheira para equilíbrio das classes e a única forma moderada de justiça social, ainda tem a função de enfrentar os desajuizados que querem remover os marcos legais e arrastar a justiça plena para um mar de lama.

Porém, quando a justiça, em processo de investigação, se depara com os desvios de corrupção, realizado pelos grandes empresários em conluio com os políticos desonestos, a eficácia de punibilidade é minimizada pela estratégia do abafa dos poderosos grupos políticos, ou mesmo pela ideia dos intocáveis (donos do poder), que em conjunto, passam a coagirem o povo, afirmando que se forem presos, muitos empregos serão fechados. E assim, os mecanismos de controle e de transparência, que já são precários, ainda são modificados para beneficiar, quem do alto escalão público (políticos e agentes públicos), que comente crime contra a nação, não sejam punidos de forma legal e exemplar. E deste modo operante, é institucionalizado o estado da roubalheira, da corrupção e da impunidade.

Termina o ano, e começa novo ano, e a nossa história sempre é a mesma em relação a alternância do poder político, ou seja, o que temos é a simples troca de quadrilha, digo, de partido político no poder, que fomentam a permanecia da  democracia dos cleptocratas, que vem sufocando pouco a pouca a nossa democracia e o modelo político-econômico de trabalho e seriedade na coisa pública. O movimento de usurpação silenciosa pelo sistema político da cleptocracia chegou a níveis tão alarmantes que a novidade é a pilhagem do patrimônio público.

E este mesmo sistema, não catalogado nos códigos eleitorais, vem com frequência promovendo o desequilíbrio social, a miséria, o desespero e a fome. O qual é a grande geradora da desigualdade entre pobres e ricos. E ponte que ligar a impunidade, a formação de quadrilhas para cometer ilícitos penais.

O grito rouco das ruas, pela libertação da opressão, vem crescendo desapercebido pelos integrantes dos poderes constituídos. E as vozes dos rejeitados, dos excluídos, dos humilhados da praça, dos famintos, dos sem tetos e daqueles que são empurrados para os becos escuros e para as senzalas que são as periferias, vem juntando-se como água num tsunami, que logo chegará em todos os rincões desta nação. É triste, e lamentável, a situação do país, porém, verdadeira.

O tremor do solo em nossos pés, pelas pisadas dos abandonados sociais, vem anunciado um novo dia, onde não é mais possível aceitar os políticos corruptos, sem exigir a sua cassação imediata e sua punição legal. E assim, o grito das ruas clama pelo controle da coisa pública, com punições severas, dentro do Estado de Direito. Por outro lado, surge como esperança, o banimento da reeleição para cargos públicos/políticos e o fim do profissionalismo políticos, ou seja, que haja uma limitação de mandato no legislativo assim como no executivo.

Por mais que o país tenha buscado melhorar na entrega de novas faculdades, e promovido um vasto investimento nos ensinos fundamentais e médio, continuamos no fim da fila da educação mundial. Até porque ainda não temos um projeto de nação, dentro da educação, e sim, um projeto político/partidário que a cada novo governo se instala.

Países que foram devastados por guerras, se ergueram pela educação. E somente a educação é que pode propiciar o verdadeiro desenvolvimento das nações. A educação é o pilar de países que valoriza o seu povo, o qual obtém respeito entre os povos, que zelam pelas leis. Pelo combate a corrupção, pela luta contra os privilégios, e pela cidadania de fato e de direito.

Por outro lado, é inegável a modernização incompleta e que caminha a passo de ganso desta nação. No seio da sociedade temos uma diversidade de exemplos que demonstram o desejo dos imperadores, senhores de escravos, que trabalham diuturnamente para que tudo permaneça em seu estado quo, é que: temos democracia eleitoral, porém, não é possível percebemos a democracia cidadã, ou seja, a plena eficiência dos direitos individuais; Temos a Constituição Federal, entretanto, os direitos e garantias só existem no papel, e não são para os pobres; temos economia de mercado, contudo, cartelizada; temos justiça, mas, inacessível e ineficaz. Inacessível porque os mais pobres do povo não têm voz nem direito, ineficaz porque os pobres são punidos com severidade e os mais ricos, quando apenados, são penas brandas. Temos sociedade civil organizada, no entanto, temos milhões de analfabetos funcionais.

Temos programas sociais, que ensinam o povo a viverem de esmolas e de migalhas, os tornando clientelista dos donos da senzala. E arrancado quase sempre, de forma perpétua, a sua consciência crítica e política, ou seja, tornados escravos da necessidade. E deste modo, a terra fica fértil para disseminação do sistema de corrupção dos cleptocratas. E estes, lançam diversas teorias, e entre elas, que todos os políticos são iguais, para que assim, o povo não possa discernir entre os honestos e os corruptos.

Portanto, este corruptos, sabem que a alma do nosso povo vem evoluindo a cada dia, a cada dor, a cada lágrima, a cada desespero nos hospitais, na segurança e na educação. E logo, o nosso povo, voará em planos tão altos, que os corvos que atacam as águias pelas costas, e são levadas as alturas,  de onde caíram sem oxigênio da vida. Sim, este é o caminho que vem surgindo para o nosso povo, o sol da liberdade e da justiça.

 

Escritor: Ricardo Alfredo

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