Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo

Artigo da Semana - A DESCONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE - [email protected]

A DESCONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE

O sistema mundano, vem pouco a pouco, discutido a questão da identidade, dentro da teoria social. De forma clara, o que é chamada de velhas identidades, e que ainda mantém a estabilidade do mundo como conhecemos, vem rapidamente entrado em desuso, ou mesmo em decadência, o que faz surgir novas teorias de identidades, que apenas tem fragmentado o ser moderno. Lógico, que as teorias e os marcos antigos, que possuem uma forte advertência de não ser removidos, são bombardeados, todos os dias por teorias e teses, ao qual chamam de evolução, e elas, tem colocado o mundo em cheque mate. Todavia, os antigos e os sábios já orientavam a sociedade para não retirar os marcos humanos, assim como aconselha o sábio Salomão ao afirmar: “Não remova os marcos antigos que os seus pais colocaram”. (Provérbios 22:28)

No mundo das ciências, a busca é constante para se tentar explicar a chamada crise de identidade na sociedade moderna. Visto que, as estruturas sociais e os marcos, foram removidos do processo central das sociedades contemporâneas e das pós-moderna, o que gerou um desequilíbrio emocional e social pela sua oscilação. E a humanidade, que tinha um conjunto de referências, como ponto de partida e de chegada em sua trajetória de vida, deparou-se com a agitação de sua estável ancoragem no mundo pós-moderno.

E a identidade das nações, que eram dotadas de características, como: culturas, éticas, linguagem, religião, nacionalismo, família e fé, passaram a ser questionadas, chacoteadas, descentralizadas e fragmentadas, com o propósito de unificação das identidades, causando a impessoalidade do indivíduo. E de forma que o indivíduo passou a si reconhecer apenas como um ser humano. Ou seja, o objetivo é apenas tornar o indivíduo sem identidade. Até porque, as intenções de mudança são novas sem fundamentação e quase sempre ambíguas.

Dentro desta onda de mudanças de paradigmas, a identidade, é algo complexo, que as ciências ainda não encontraram a conceituação e a prova que ela pode ser reexaminada. Todavia, o que temos encontrado é uma multidão sem rumo, sem esperança e sem saber quem ele é. E desta forma, os consultórios de psicólogos e de psiquiatras vem sendo lotados em busca de uma resposta que o torne centralizado como pessoa de identidade única.

Por outro lado, encontramos os que afirmam que há um colapso na identidade da humanidade, e que a mudança imposta, tem causado na formação do indivíduo uma diversidade de danos estruturais na sociedade. De forma, que a percepção de: paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade, que foram bases sólidas do indivíduo como ser socais, foi diluindo na sociedade liquida.

E o movimento da desconstrução da identidade, e a perda do sentido de si, provocou a descentralização do indivíduo, em duplo aspecto; no mundo social e no mundo cultural, a qual é a maior geradora da construção de uma crise de identidade. Para a historiadora de arte britânica e escritora de arte contemporânea e cultura visual, Kobena Mercer, “a identidade somente se torna uma questão quando está em crise, quando algo que se supõe como fixo, coerente e estável é deslocado pela experiência da dúvida e da incerteza” (Mercer, 1990, p.43).

Com o movimento de desconstrução da identidade do ser, como consciente de sua existência e das suas escolhas. Foi crescendo a ideia de que a complexidade do sujeito sociológico, não era dotado de autonomia e autossuficiência para depara-se com suas escolhas de valores, sentidos, símbolos e cultural, e sim predeterminado por quem dentro do seu achismo lhe impôs-se o que era correto ou errado.

E esse processo, produtor de dúvidas, no ser pós-moderno, tentar impor a descentralização da identidade construída pelas famílias, pela fé e pela sociedade. E a partir desta concepção, de que, o indivíduo não tenha uma identidade fixa, que seja essencial e permanente, leva-se a crer que o correto é a celebração da identidade móvel, formada por correntes de pensadores das transformações social sem porto e sem aspectos que sempre nos caracterizam como sociedade paritária.

Dentro de uma segurança social formadora da família, é plenamente identificável a formação da identidade do indivíduo. Sendo esta: completa, segura e coerente, o qual dar significado a sua existência e escolhas.

Portanto, nas sociedades tracionais, a história do seu passado e dos seus ancestrais, possuem um grande valor, por ser símbolo de estabilidade, e por contêm a vinculação da preservação da espécie de geração em geração.

 

Escritor: Ricardo Alfredo

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