Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo

Artigo da Semana – 1a – Parte - A MORTE E AS RELIGIÕES – [email protected]

      1a – Parte

A MORTE E AS RELIGIÕES

foto: Google.

O tema morte, jamais vai deixar de ser atual, assim como intrigante, e nos leva a refletir a nossa existência. De modo poético, a chamada para eternidade, visita-nos de forma sutil por meio de perdas dos nossos entre queridos, o que sempre traz uma tristeza profunda, pois a duvida tem encontrado guarita no coração humano. Por isso, somos obrigados a pensar e refletir sobre nossa vida finita. E em muitos casos, pensar sobre a morte, causa pavor, pela insegurança gerada pelas religiões e por conceitos mal explicados e mal interpretados.

Mesmo diante da evolução cientifica, ainda termos por verdade, a ideia bíblica, pelo menos para os cristãos, que ensina: “Então o Senhor Deus formou o homem [‘adam’, hebraico] do PÓ DA TERRA [‘adamah’, hebraico] e soprou em suas narinas O FÔLEGO DE VIDA, e o homem se tornou UM SER VIVENTE [‘ALMA’, hebraico]” (Gênesis 2:7).

No entanto, a leitura bíblica nos leva a compreender que o primeiro homem foi construído do barro da terra, da seguinte forma: “Pó da Terra” + “Fôlego de Vida” = “Alma Vivente”; Corpo sem Vida + Fôlego de Deus = Ser Vivente. Assim, passou o ser a ter corpo e uma mente racional. E enquanto borbulhar a vida, seremos seres vivos, alma vivente.

O maior mistério da existência humana, dentro do racionalismo, é a morte. Nenhuma das ciências tem uma definição concreta do que acontece depois da morte física. E assim, as religiões, pensada pelos teólogos em todos os tempos, trazem sombras do que realmente pode ser a morte física. Quando o assunto é a morte, logo, surgem diversas dúvidas, tais como: Como acontece a morte? E por que morremos? E que caminho ela nos leva?

Ao longo da existência da humanidade, foram lançados diversos conceitos, tanto a nível científico, com a nível teológico/religioso. No entanto, esses modelos não foram capazes de preencher as lacunas deixadas pela grande dúvida humana, o que é a eternidade da alma? Até mesmo os grandes pesquisadores, foram incapazes de responder de forma convincente, o que é a morte e para onde se vai depois dela.

Por outro lado, quando nos debruçamos em cada conceito científico ou religioso, encontramos diversas lacunas a serem preenchidas. No entanto, é necessário, busca entender todos os pontos de vistas para que possamos, pelo menos, entender o fim da vida ou o começo de outra, na eternidade.

Vejamos as principais religiões, seus conceitos e suas práticas sobre a morte e a vida eternidade. Porém, sempre é bom lembrar que cada religião tem uma visão própria de como enfrentar o tema morte e a vida após morte.

Judaísmo – No sistema de fé e prática judaica, é ensinado aos judeus que há sobrevivência da alma, dentro de um processo de evolução continua. E assim, fica compreendido, para grande parte do judaísmo a reencarnação. Duas correntes de pensamentos predominam no judaísmo, sendo elas: a reencarnação alma para cumprir o seu carma, e a outra na ressureição da alma a ressureição, é o retorno da alma ao corpo original, enquanto na reencarnação é o retorno para um novo corpo, a ressureição é um novo corpo celeste.

Na doutrina judia, existem três tipos de almas que instalam nos corpos: nefesh, que é o mais “baixo”, o ruach, intermediário, que acontece aos 12 ou 13 anos e o neshama, mais elevado, que entra no nosso corpo aos 20 anos. E ainda dentro da tradição judia, existe a doutrina tradicional que explica que ao morrer, o nesham, que de acordo com os ensinamento doutrinário do Judaísmo, a saída da alma do corpo, passa entrono de uma semana para aceitar e compreender sua morte no corpo. Essa mesma tradição ensina que os espelhos deve ser cobertos para evitar que alma fique mais confusa, quando visitar seu local de moradia. Outra doutrina predominante no judaísmo é que o ruach passa em trono de 30 dias para deixar o corpo e o nefesh até 1 ano.

Catolicismo – Na doutrina católica, existe após morte o céu e purgatório. O céu reservado para que agiram bem na terra. Já o purgatório é onde a alma dos que andaram errantes são colocados para explicação do pecado.

Para doutrina católica não existe a reencarnação, ou seja, morreu segue outro caminho. O que exclui totalmente a ideia de reencarnação. Por outra lado, a doutrina, ensina que a alma é imortal, logo, pós morte, ocorre o julgamento dos atos da vida. Continua…

Pesquisador e Escritor Ricardo Alfredo

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