Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo

Artigo da Semana – DESEDUCAÇÃO PROMOVIDA PELOS SISTEMAS POLÍTICOS E PELOS POLÍTICOS – [email protected]

DESEDUCAÇÃO PROMOVIDA PELOS SISTEMAS POLÍTICOS E PELOS POLÍTICOS

Ao realizamos um apanhado histórico da nação, nestes duzentos anos de independência, e observamos a sua linha do tempo, é possível compreendemos que ela (nação) passou por diversos espectros políticos, que produziram as oligarquias, os coronéis, as ditaduras, redemocratização legal e a política do abandono social dos vulneráveis.

A nação sempre esteve envolvida numa confusão de identidade ideológica, pois tivemos império em meio às repúblicas; quartelada que se transformaram em República; ideologia do café-com-leite; revolução, a de 1930; dois períodos de ditaduras, sendo o primeiro com Vargas de 1937 a 1945, e a segunda do golpe militar que foi de 1964 até 1985, o que concluímos, a nossa nação, é formada de um povo heroico, é perdida nos modelos de gestão pública.

São duzentos anos de independência, e de prisão política, onde tivemos presidentes cheios de incertezas, vacilantes, sem projeto de nação, atormentados pela sombra de mais um golpe, ou mesmo um impeachment, líderes do nada, fantoches, e grandes mandatários tanto na esfera Federal, como na Estadual e na Municipal. E mesmo diante de tanto desconforto nacional, o país ainda viveu momentos ou períodos democráticos. Onde a política tinha como fundamento as políticas sociais, as políticas de proteção aos vulneráveis e a aplicação da lei sem distinção de cor, raça ou credo.

Porém, com o passada das décadas, as coisas vêm saindo do trilho de tal forma, que nem ao menos sabemos o que é o respeito simples aos bons costumes e a boa conduta social. De tal forma que o bem foi trocado pelo mal e o mal pelo bem. E a narrativa do politicamente correto, pelo menos de aparência, invadiu as famílias gerando uma confusão e um desajuste familiar que a liderança paterna e materna, é refém de perturbações jurídicas, as quais se desviam para o caminho do mal.

E este caos das relações e das ideologias pragmáticas, criou em toda a nação as câmeras legislativas, cheias de guerras de vaidades e corrupção, que são repletas de desrespeito, de agressões, de palavrões, dos conchavos, das mentiras, das roubalheiras, dos planos maquiavélicos, da baixaria, dos roubos, e como mero detalhe está o sofrido povo deixado ao relento, entregue a fome, as doenças, a insegurança e aos dessabores do abandono social.

O maior exemplo de deseducação vem dos próprios congressistas, que induziram o povo ao que aconteceu nas dependências do Congresso, e de outras casas legislativas e jurídicas, onde a baderna foi a glória da insensatez. E o que vimos, foi simplesmente a agonia da ignorância, da intolerância patológica, com a incivilidade dos aproveitadores da pátria para promover o tumulto e o mal.

Os valores humanos, como a ética, a decência, o bom senso, foram lançados fora por autoridades que vem se desviando do seu real papel no seio da sociedade. Os quais nem ao menos são capazes de medir as consequências de seus atos transloucados. E assim, tocaram toda a decência pelas ruas escuras e becos podres da política local, estadual e nacional.

A loucura é tanta, que colocaram na cabeça do povo que a solução social, está em quebrar, destruir, e agredir as instituições constituídas. E no meio dessas ações grotescas e de mau gosto, observamos as diversas atitudes que apenas revelam a falta de educação, de civilidade, de respeito a vida institucional da nação. As quais (ações de destruição, física e moral) foram e sempre serão promovidas e incentivas pelos manobradores de massa social apenas com o objetivo de se manter no poder.

Quando um país é sério, e que promove a educação de qualidade ao seu povo, como base de uma sociedade justa e igualitária, a democracia resplandece como a liberdade, e todos saber e cumprem os seus direitos e deveres. Porém, quando o princípio de uma sociedade é a injustiça e a ausência do direito legal, estão, estar instalada a baderna social, o descaso com os pobres, a miséria e a lei do mais forte. E tudo isso, é um conjunto da ausência de coerência da justa justiça, estabelecida pelas próprias autoridades, que se investem do espírito do corporativismo, ou mesmo, da proteção a um dos lados políticos. E assim, muitos deixa de serem indiciados por desacatos, roubos, desvios e formação de quadrilha, que usurpam a riqueza do povo e da nação.

Este é o país do vale tudo. Onde alguns mal-intencionados usam até a necessidade do povo para desviar e enganar através de ONGs e mais ONGs, que apenas capturam as verbas públicas em benefício dos seus chefes. Além dos claros desvios na área de educação, saúde, segurança, estruturas e os diversos crimes de lesa-pátria. Os quais nunca foram julgados, e os seus malfeitores punidos adequadamente, como exemplo. E desta forma, os símbolos da instituição da República, que são caminhos de justiça e de igualdade, são lançados no mar de lama em nome da leniência, da fraqueza e da corrupção.

Silenciosamente, o povo assiste estarrecido, os partidos políticos gladiando entre si para obter poder, dinheiro e cargos públicos de qualquer forma. E os descalabros na República se tornam normais dentro da gestão Municipal, Estadual e Federal.

E quando olhamos para o conceito de moral e de ética, que deveria a ser a base dos representantes do povo, que são os políticos que atuam na gestão pública, percebemos apenas  o quanto são: “amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela”. (2 Timóteo 3:2-5)

Logo, visivelmente o país vem a anos sendo chacoteado e desmoralizado por ações imperiais tanto do poder jurídico com do poder legislativo, que apenas mostra a falta de educação de qualidade; a falta de civilidade; a falta de honestidade; a falta de urbanidade; a falta de decência; a falta de gestores comprometidos com o povo e com a nação; a falta de juízes voltados para causa pública e não para interesses secundários.

Pesquisador e Escritor Ricardo Alfredo

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