Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo

Artigo da Semana – UMA ANÁLISE DO CONJUNTO: EDUCAÇÃO, GESTORES E EDUCADORES. – [email protected]

UMA ANÁLISE DO CONJUNTO: EDUCAÇÃO, GESTORES E EDUCADORES.

Em cada discurso, em cada apresentação, de frente aos meios de comunicação, ou em meio ao povo, nossos gestores, os governadores e os prefeitos, demonstram, apenas na falar discursiva a importância da educação e dos professores para construção de uma sociedade, justa e igualitária. Porém, em seguida, quando as luzes e os holofotes se apagam, tudo que foi dito cai no mar do esquecimento.

Uma sociedade que prisma pela educação do seu povo, é uma sociedade que não precisa de muros para se defender. Visto que, na linha de frente, desta construção social, estão os professores, que pacientemente, vem ao longo de décadas, sonhando com a implantação da educação de qualidade, e para todos de verdade e não como esse faz de conta. Se olhamos, a sociedade no todo, logo chegaremos a seguinte conclusão: os professores são responsáveis pelo bom preparo das crianças, dos jovens e dos adultos. Eles, professores, são os verdadeiros construtores de uma sociedade avançada.

É da educação orientada por bons professores e profissionais da educação, com salários dignos,  e com educação continuada, que podemos alavancar para um futuro melhor da nação. Para uma melhor qualidade de vida e para o bem-estar social.

É exatamente, nesta qualidade educacional que deve surgir a figura do gestor. Gestor eleito pelo povo, tanto na esfera municipal, como esfera estadual. E principalmente na direção das escolas. Porém, o que temos, é gestores incapazes, grosseiros, arrogantes, e muitas vezes despreparados para função.

Um bom gestor, tanto municipal, como estadual, é aqueles que é capaz de entender e valorizar todas as vertentes que estão envolvidas na educação e na sociedade. Principalmente no aspecto financeiro, já que o planejamento orçamentário anual é de sua responsabilidade. Assim como, o recebimento e cobrança de impostos, que são geradoras das receitas do município e ao estado.

Em outros tempos, era fácil perceber a valorização dos professores por meio dos gestores. E por isso, nosso processo educacional passou por avanços. E o interesse na profissão, educador, estava em alta. Para isso, tinha-se interesse em saber mais, conhecer diversas áreas, prepara-se melhor, tínhamos cursos de capacitação em diversas áreas, cuidados especiais na caminhada do desenvolvimento educacional. No entanto, é perceptível que para alguns gestores, quanto menos o povo conhecer é melhor, pois ele pode enganar e trapacear o povo apenas com mimos, semelhante ao português,  ao invadirem a nossa terra. Era de ouro, Professores fazendo especialização, mestrado e doutora. No entanto, o que é perceptível, é que a desvalorização dissimulou a classe dos educadores. E os que buscam melhor qualificação, pensam no futuro em lecionar numa universidade, pública ou mesmo particular, para poderem sobreviver dignamente.

É contagiante a falta de valorização dos professores. Começa com os gestores, municipais e estaduais, e passam as famílias, aos alunos e as comunidades. A maior prova deste fato, é que a própria sociedade, estimulada pelas mídias (fakes), dizer que o educador é alguém que não conseguiu fazer outra coisa melhor na vida. Puro engano, grande parte dos educadores tem outras graduações e são capazes e bem-preparados.

Claramente, há um declínio na profissão, educador, causados pelos baixos salários, ausência de ajuda na condução do processo ensino/aprendizagem, além do desrespeito imposto pelas inverdades ditas pelas autoridades constituídas.

A educação deve ser uma política de estado e não de governo, como tem sido feita a décadas. Cada um que é eleito, ao assumir a cadeira de gestor, para qual foi eleito, cria mudanças estrambólicas e teorias absurdas. O que vem destruindo a estabilidade educacional.

Portanto, apenas a mudança temporais e tempestivas na educação não tem levado a nada, a não ser a destruição do processo educacional. Por outro lado, a desvalorização do professor e dos profissionais da educação tem ocasionado uma retirada em massa dos futuros profissionais em educação, o que gerou o desinteresse pelo magistério.  E já é sentido os reflexos desse desinteresse pela função, professor.

Pesquisador e Escritor Ricardo Alfredo

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