Redução de efetivos é problema comum entre as unidades da Segurança Pública

A falta de efetivos é um problema comum em todas as unidades do sistema de segurança. Isso ficou evidenciado na primeira audiência pública da Comissão Especial para Elaboração de Estudos e Ações Sobre a Crise na Segurança Pública, na manhã desta segunda-feira (12), no plenário das comissões da Assembleia Legislativa.

“A audiência foi muito proveitosa e esse é o nosso papel, ouvir as unidades que compõem o sistema para apontar as providências que precisam ser tomadas para melhorar as condições de segurança para a população. Mesmo diante da crise financeira do Estado, os serviços essenciais não podem sofrer com a falta de pessoal. Pelos relatos dos representantes das unidades, a falta de pessoal é um problema grave, pois o efetivo não atende ao mínimo do que é estabelecido pelos índices internacionais de segurança pública”, afirmou o deputado Hermano Morais (PMDB) presidente da Comissão.

A Polícia Militar, de acordo com o comandante do Policiamento Metropolitano, que representou o comando geral da Polícia Militar, coronel Jair Justino a unidade só conta com um terço do efetivo necessário para atender Natal e a Grande Natal. “O previsto era termos seis mil e 400 homens e atualmente só temos 2.100 policiais na região metropolitana. Outro problema é o custeio para manter as despesas básicas”, disse o coronel.

Já o representante da Policia Civil, Delegado Geral, Cleiton Pinto afirmou à Comissão que a carência imediata daquele setor é pessoal, uma vez que só conta com 1.400 policiais civis para a capital e o interior “Além disso, 178 policiais civis estão prestes à aposentadoria, reforçou”.

Das unidades que trabalham com o setor de segurança pública, a situação mais grave é a do Instituto Técnico e Científico de Policia (ITEP). De acordo com as informações do seu diretor, Richard Palmeira. A unidade só conta com 26 peritos quando necessita de 202; “No setor de perícia, o ITEP só conta com um psiquiatra. Um exame para esse setor está sendo agendado para 2018”, disse o diretor.

A melhor situação em termos de efetivo, entre as unidades que estiveram representadas na reunião de hoje é o Corpo de Bombeiros Militar. Mesmo assim, em 2015 contava com 632 homens e hoje está com 612 e “muitos estão se aposentando, de acordo com o sub comandante, Coronel Laurêncio de Aquino.