Rebelião em Alcaçuz tem presos decapitados e número incerto de mortos

Sábado de tensão no maior presídio do Rio Grande do Norte. Desde às 16h30 de hoje detentos encontram-se envolvidos numa rebelião motivada pelo conflito entre representantes do PCC e do Sindicato do Crime. O embate começou quando detentos do Pavilhão 1 invadiram o Pavilhão 5.

Informações extraoficiais dão conta de que mais de dez mortes já foram registradas, número que poderá aumentar no decorrer da madrugada.

O pavilhão 5 é o presídio Rogério Coutinho Madruga, que fica anexo à Alcaçuz, em Nísia Floresta. No presídio há separação entre presos de facções criminosas. A penitenciária de Alcaçuz tem cerca de 1150 presos e capacidade para 620 detentos, segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc).

Policiais militares e agentes penitenciários vão esperar o dia amanhecer para entrar nos pavilhões de Alcaçuz. A área externa do presídio foi ocupada por equipes de segurança para evitar fugas. As saídas foram bloqueadas e o Corpo de Bombeiros está fazendo barricadas no local.

Há fumaça na parte interna, barulhos de tiros e de quebra-quebra no local. Pelo menos três cabeças decaptadas foram vistas no interior do presídio. Em entrevista a imprensa da capital o secretário da Sejuc, Wallber Virgolino, disse que a determinação é retomar o controle.

“A ordem já foi dada: retomar o controle de Alcaçuz e evitar rebeliões em outras unidades”, afirmou. Para isso, Virgolino acrescentou que também mandou chamar todos os agentes penitenciários que estão de folga. “Quero a nossa capacidade máxima atuando”, destacou. O estado possui cerca de 800 agentes penitenciários.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) emitiu nota informando que montou o Gabinete de Gestão Integrada (GGI) para executar as ações a serem empregadas na rebelião do presídio de Alcaçuz.

A última rebelião em Alcaçuz foi registrada em novembro de 2015.