Quem são os novos governadores com mandato-tampão até o final do ano?

Chefes do Executivo em seis estados brasileiros renunciaram aos cargos na última semana; veja quem assumiu os postos

Governadores de seis estados brasileiros renunciaram aos cargos na última semana. De acordo com a lei eleitoral, com exceção dos que vão disputar a reeleição, quem pretende entrar na disputa por uma vaga no Legislativo este ano precisa se desincompatibilizar do cargo público até seis meses antes do primeiro turno da eleição, que será em 2 de outubro.

Dos seis nomes que deixaram os postos, quatro são do Nordeste e vão disputar uma vaga no Senado. Outros dois ainda tentam cacifar seus nomes para a disputa pela Presidência da República. Cinco vices assumem os cargos até o fim dos mandatos. Entre eles, estão duas mulheres e pré-candidatos aos governos dos seus estados.

Os governos do Ceará e do Piauí passaram a ser chefiados pela primeira vez na história por mulheres. Izolda Cela (PDT) e Regina Sousa (PT) assumiram os Executivos cearense e piauiense, respectivamente, após as renúncias de Camilo Santana (PT) e Wellington Dias (PT).

Troca-troca nos governos estaduais

Maranhão: Flávio Dino (PSB) disputará uma vaga no Senado nas eleições em outubro. O vice-governador Carlos Brandão (PSB) assumiu o cargo e se candidatará ao cargo de governador do estado. Brandão é médico-veterinário e foi deputado federal por dois mandatos. Recentemente, no mesmo ato de filiação de Geraldo Alckmin, trocou o PSDB pelo PSB.

Piauí: Wellington Dias (PT) também disputará uma vaga no Senado nas eleições deste ano. A vice-governadora Regina Sousa (PT) assumiu o cargo, mas não será o nome do partido no pleito pelo governo local. Ela foi a primeira mulher do estado a assumir uma vaga no Senado, de 2015 a 2018, quando deixou o mandato para concorrer ao governo do estado na chapa encabeçada por Dias.

Ceará: Camilo Santana (PT) é outro que disputará uma vaga no Senado nas eleições. A vice-governadora Izolda Cela (PDT) assumiu o cargo e, agora, será a primeira mulher a comandar o estado. Ela é pré-candidata ao governo do estado. Professora e psicóloga formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC), foi eleita na chapa junto com Camilo em 2014 e reeleita em 2018.

São Paulo: João Doria (PSDB) é pré-candidato à Presidência da República, apesar de resistências internas que enfrente em seu próprio partido. O vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) assumiu o posto e se candidatará ao cargo de governador do estado. Deputado federal por dois mandatos e três vezes deputado estadual, Garcia foi presidente da Assembleia Legislativa e secretário municipal e estadual.

Rodrigo Garcia, do PSDB, novo governador de São Paulo / Divulgação

Rio Grande do Sul: Eduardo Leite (PSDB) foi derrotado nas prévias do partido, mas segue trabalhando por uma candidatura à Presidência da Repúblicas as eleições em outubro. O vice-governador Ranolfo Vieira Júnior assumiu o cargo, mas não deve ser o nome do partido no pleito pelo governo local. Delegado aposentado da Polícia Civil, Ranolfo foi chefe de polícia na gestão do petista Tarso Genro e coordenador da bancada do PTB na Assembleia Legislativa.

Alagoas: Renan Filho (MDB) disputará uma vaga no Senado nas eleições em outubro. A renúncia leva o estado a uma eleição indireta para o restante do mandato de governador. Isso se deve ao fato de que seu vice-governador, Luciano Barbosa (MDB-AL), deixou o cargo nas eleições de 2020, quando se tornou prefeito de Arapiraca.

Na linha sucessória, o preenchimento da vaga caberia então ao presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor. No entanto, ele tenta a reeleição no estado. O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Klever Loureiro, ocupará o cargo por 30 dias até a eleição de um novo governador e vice, pelos deputados estaduais.
Fonte Brasil de Fato

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