Quais as chances de Trump ganhar eleição e voltar à Casa Branca

Alessandra Corrêa

De Washington para a BBC News Brasil

À medida que o calendário de votações prévias nos Estados Unidos avança, aumenta a possibilidade de que a eleição presidencial de novembro seja novamente disputada por Joe Biden e Donald Trump, em uma repetição do confronto de 2020.

Os candidatos oficiais só serão anunciados nas convenções nacionais dos partidos, no meio do ano.

Mas analistas e pesquisas de intenção de voto indicam que o presidente Biden não terá problemas para ser o escolhido do Partido Democrata.

Biden venceu a primeira disputa entre candidatos do seu partido, ao ganhar com folga a primária de New Hampshire. A próxima votação entre os democratas será no sábado (3/2) na primária da Carolina do Sul.

Analistas na imprensa americana salientam que Trump está em uma posição mais forte nessas primárias “do que qualquer outro republicano da era moderna”.

Como mais de 70% dos delegados republicanos são distribuídos nas primárias e caucus realizados até o fim de março, é possível que Trump conquiste os 1.215 delegados necessários para a indicação bem antes do fim da temporada de prévias.

Esse cenário contrasta com 2022, quando Trump anunciou sua intenção de voltar à Casa Branca, após ter perdido o pleito de 2020 para Biden, e muitos duvidavam de suas chances.

Entre os principais concorrentes, a única que permanece é Nikki Haley, ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas.

Apesar de ter ficado muito atrás de Trump nas duas prévias até agora, Haley prometeu continuar na disputa, e seu próximo grande teste será a votação no Estado que governou, em 24 de fevereiro.

As pesquisas, no entanto, indicam que Trump deverá vencer na Carolina do Sul com mais de 30 pontos de vantagem.

Se Haley não tiver um bom desempenho em seu próprio Estado, analistas afirmam que deve aumentar a pressão para que ela abandone a disputa, o que deixaria Trump sem nenhum adversário com chance de vencê-lo.

Em uma eleição geral disputada por Trump e Biden, pesquisas recentes dão vantagem ao republicano, apesar de ser por uma margem pequena.

No caso de uma disputa entre Biden e Haley, o democrata teria 37%, e a republicana 38%.

A maioria dos americanos, porém, não gostaria de ver Biden e Trump disputando a Presidência novamente.

Em pesquisa da agência de notícias Reuters e do instituto Ipsos em janeiro, 67% disseram estar cansados dos mesmos candidatos.

Em um país em que o voto não é obrigatório, 18% dos eleitores dizem que provavelmente não vão comparecer às urnas se a eleição for entre Biden e Trump.

Apesar da aparente frustração com ambos os candidatos, a mesma pesquisa indica que Trump teria 40% dos votos, e Biden 34%.

Ainda é cedo na corrida pela Casa Branca, e pesquisas no momento devem ser interpretadas com cautela.

O sistema americano de votação também significa que um candidato pode perder no voto popular e ainda assim vencer as eleições, caso vença em Estados decisivos.

Mas há várias questões que poderão ser determinantes em novembro.

Entenda quais são os principais pontos que podem ajudar ou atrapalhar os planos de Trump de voltar à Presidência.

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