Projeto da Ufersa conquista primeiro lugar em prêmio de desenvolvimento sustentável
A Universidade Federal Rural do Semi-Árido foi uma das vencedoras da 1ª Edição do Prêmio ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) Brasil, entregue nesta quinta-feira, 13, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, em Brasília. O projeto de pesquisa “Tecnologia da dessalinização de água salobra” conquistou o primeiro lugar na categoria Ensino, Pesquisa e Extensão.
O projeto visa a construção participativa e integrada de diversas tecnologias sociais de convivências com o semiárido capaz de potencializar e utilizar sustentavelmente os recursos água e solo como garantia da segurança alimentar e ambiental dos agricultores(as) familiares. No total, 12 projetos foram premiados em 4 categorias diferentes. Ao todo, mais de mil projetos foram inscritos.
O Prêmio ODS Brasil surgiu como forma do Governo Brasileiro reconhecer as práticas e os projetos alinhados aos ODS, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, declarados durante pronunciamento feito pela ONU em 2015 na reunião de líderes mundiais de 187 países na sede da Organização. Na ocasião, foi prometido a mais de 8,5 bilhões de pessoas no planeta que o mundo seria melhor até 2030 e, para tanto, criou-se os ODS dentro da Agenda 2030 da ONU, compromisso assumido pelos 193 países membros das Nações Unidas, na Conferência Rio +20, em 2012.
O autor do projeto, o professor da Ufersa Nildo Dias, agradeceu e falou sobre a pesquisa. “Independentemente do resultado, tenho convicção de que a nossa pesquisa-ação está alinhada a vários objetivos da agenda global da ONU, pois valoriza a produção familiar, a segurança hídrica, garantindo a soberania alimentar dos povos do campo com sustentabilidade ambiental. Deste modo, dedicamos esse prêmio a todos os agricultores e agricultoras familiares e ao MST que produzem os alimentos para colocarem nas nossas mesas diariamente – são cerca de 60% dos alimentos produzido no Brasil. E, finalizo agradecendo o apoio da Ufersa, dizendo que o pronunciamento da ONU não é algo fantasioso e que, o nosso mundo pode ser melhor se fizermos algo diferente”, declarou o professor.
A Ufersa foi representada na premiação por um integrante do projeto, o professor da Ufersa, campus Angicos, Osvaldo Nogueira de Sousa Neto, que recebeu o troféu com design de Marcelo Rosenbaum e fabricação de artesãos de Várzea Queimada no interior do Piauí, em escultura de um cacto Mandacaru, feito de borracha de caminhão.