Programa televisivo aborda a cultura quilombola do RN

Mesmo diante do preconceito, as famílias não desistem, lutam pela preservação da identidade dos negros a partir das tradições culturais.

Os integrantes do Laboratório de Comunicação Urbana e da TVCOM, dois projetos de extensão do Curso de Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), realizaram uma ação conjunta na cidade de Portalegre.

Eles foram conhecer um grupo de mulheres nas comunidades negras de Engenho Novo e Pêga na cidade serrana. As mulheres se encarregam da Festa de São Gonçalo, uma dança centenária trazida ao Brasil pelos fiéis de Portugal e que as comunidades negras se encarregam de mantê-la viva.

A comunidade quilombola no sítio Pêga guarda um passado marcado pelo preconceito racial. Afastados pelos brancos da cidade e de festividades, precisavam fazer reuniões em esconderijos. A terra era chamada de Sítio Macaco e era de propriedade das famílias que mantinham engenhos.

Os quilombolas tiveram sua identidade negada por muitos anos, e por isso não se intitulavam um quilombo de resistência. Essas situações são memórias tristes revividas por Dona Aldizes da Conceição Bessa, em depoimento aos estudantes na visita.

Mesmo diante do preconceito, as famílias não desistem, lutam pela preservação da identidade dos negros a partir das tradições culturais, como a Festa de São Gonçalo, da comida como o mugunzá e do artesanato.

Através da parceria dos dois projetos de extensão surgiu o programa televisivo Prosa na Padoca. Os episódios trazem conversas sobre importantes temáticas. O episódio disponível no canal do YouTube da TVCOM UERN conta um pouco da tradição de uma comunidade quilombola, a vida e a discriminação racial.

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