Professores municipais podem entrar em greve no dia 6 de abril

Nessa quinta-feira, 31, os professores da rede municipal aprovaram o indicativo de greve que pode ser deflagrada caso prefeito não suspenda as alterações do PCCR

Na tarde dessa quinta-feira, 31, os professores da rede municipal de ensino se reuniram em uma assembleia extraordinária e aprovaram o indicativo de greve, para o dia 6 de abril. A decisão se deu em virtude da aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), após a proposta ser enviada pela gestão à Câmara Municipal de Mossoró (CMM), sem que tivesse havido um diálogo com a categoria.

O projeto foi enviado à CMM às pressas, junto com o texto que previa o reajuste do piso salarial dos professores, de 33,67%. A aprovação das alterações do plano foram condicionadas ao reajuste, que foi parcelado em sete vezes, num período de 19 meses. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum), o prefeito Allyson Bezerra atacou os direitos dos servidores.

Apesar das tentativas de suprimir as alterações, a bancada de vereadores de apoio ao prefeito Alysson conseguiu a sua aprovação por um placar de 12 a 10. A Lei Complementar 174 foi publicada no Jornal Oficial de Mossoró (JOM) desta quinta-feira (31). O Indicativo de Greve foi aprovado por unanimidade e a greve poderá ser consolidada já na quarta-feira, 06 de abril, caso as alterações não sejam revogadas pelo Executivo mossoroense.

“O PCCR foi construído após muita discussão, muito estudo e aprovado pelos professores. Nem Alysson, nem qualquer outro gestor pode simplesmente alterar o Plano de Cargos e Carreira e Remuneração de qualquer categoria sem um consenso entre o sindicato que representa estas categorias e os servidores envolvidos. Esta modificação foi, no mínimo, arbitrária, sendo que em nenhum momento foi colocada em mesa de negociação”, comenta a presidente do Sindicato, Eliete Vieira.

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