Primeira parte da série documental “Harry & Meghan” bate recorde de audiência na Netflix

Os três primeiros episódios de "Harry & Meghan" totalizaram 81,55 milhões de visualizações, algo inédito para uma série documental da Netflix em sua primeira semana no ar. A segunda parte da produção será disponibilizada pela plataforma a partir desta quinta-feira (15) e promete suscitar mais polêmicas envolvendo a família real britânica.

Se os três primeiros episódios da série se concentraram na história do casal e nas críticas aos tabloides britânicos, os três últimos prometem ser os mais apimentados. Após o sucesso da primeira parte, o alvo do duque e a duquesa de Sussex agora é a realeza.

No trailer da sequência do documentário, o Palácio de Buckingham e o príncipe William – herdeiro do trono e irmão mais velho de Harry – não são poupados de declarações bombásticas. Harry aponta que “uma guerra contra Meghan” foi aberta na realeza, o que justifica, segundo ele, sua saída da monarquia, em 2020. Já a ex-atriz não esconde sua mágoa, ao declarar: “Não só me jogaram aos lobos, me usaram para alimentar os lobos”.

Jenny Afia, advogada de Meghan, diz ter “provas de que havia informações vindas do palácio contra Harry e Meghan para beneficiar outras pessoas”. “Parece normal para eles mentir para proteger meu irmão, mas não estavam dispostos a dizer a verdade para nos proteger”, afirma o príncipe, referindo-se a William.

Três meses após a morte da rainha Elizabeth II e a ascensão de Charles III ao trono, os novos episódios podem ser explosivos para a realeza. O trailer sugere que Harry vai responsabilizar William por algumas das polêmicas envolvendo o casal. “Sempre senti que essa briga valia a pena ser disputada”, ressalta o duque de Sussex.

Queda de popularidade

No entanto, sob a justificativa de contar suas próprias versões da história – como alegam Harry e Meghan no primeiro episódio da série, a imagem do casal pode ser prejudicada de vez no Reino Unido. A popularidade dos dois voltou a cair pouco antes do lançamento do documentário – os dois já são os membros da realeza com pior reputação depois do príncipe Andrew, envolvido em um escândalo sexual nos últimos anos.

Após a estreia da primeira parte da série, a imprensa britânica acusou Harry e Meghan de “indecência” e de “atacar o legado da rainha” Elizabeth II, em particular ao criticar a Commonwealth, à qual ela demonstrou grande apego durante seus 70 anos de reinado.

Alguns jornais já consideram “inevitável” o afastamento de Harry de Charles III e William. Uma reconciliação agora parece improvável, seis meses antes da coroação oficial de seu pai, prevista para maio de 2023.

Até o momento, Palácio de Buckingham não fez comentários sobre o conteúdo do documentário. Se as acusações feitas na última parte forem sérias como prometem, a realeza pode ser forçada a quebrar o silêncio.

Nesta quinta-feira, mesmo dia da estreia da segunda parte de “Harry & Meghan”, Charles III, a rainha Camilla, William e sua esposa, Catherine, participam juntos do concerto real de Natal na Abadia de Westminster, que será exibido na televisão durante as festas de fim de ano.

No início desta semana, na tentativa de acalmar as tensões, a assessoria de imprensa do príncipe herdeiro divulgou uma foto do casal queridinho dos tabloides britânicos – ambos vestindo jeans, sorrindo e relaxados – ao lado de seus filhos pela propriedade real de Sandringham.

(Com informações da AFP)

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