Polícia Federal pede prisão de Dilma e Mantega, mas Fachin nega
Na ação deflagrada na manhã desta quinta-feira, para investigar o repasse de R$ 40 milhões para políticos do MDB, a Polícia Federal, chegou a solicitar a prisão da ex-presidente Dilma Rousseff, do ex-ministro Guido Mantega, do ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira e do ex-senador Valdir Raupp. Nenhum deles tem foro privilegiado, por não ocuparem mais cargo público.
A PF solicitou também a prisão preventiva do ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU), mas todas essas solicitações de encarceramento foram negadas pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por autorizar o cumprimento dos mandados.
Para a Polícia Federal, as prisões temporárias seriam necessárias para impedir interferências e garantir a continuidade das diligências. “É imprescindível a decretação da prisão temporária dos investigados de maior relevância nos crimes praticados pela associação criminosa, bem como daqueles que atuaram na entrega e no recebimento em espécie das quantias ilícitas”.
Ao ser consultada, a Procuradoria-Geral da República (PGR), também foi contra a restrição de liberdade dos investigados, alegando que não existem elementos suficientes para justificar esta medida.
Além dos já citados, estão entre os alvos da operação, os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-AM) e Jader Barbalho. Os três negam envolvimento nos crimes apontados pela PF e as respectivas defesas declaram o interesse em esclarecer os fatos” e que continuam à disposição da Justiça para os devidos esclarecimentos.