Petrobras inicia este mês a perfuração de poços em águas profundas do RN
Para a simulação, que envolveu contenção e recolhimento de petróleo, proteção costeira, monitoramento, resgate e atendimento à fauna, mais de mil pessoas foram mobilizadas
A Petrobras está pronta para dar início à perfuração de dois poços exploratórios no bloco marítimo BM-POT-17, localizado nas águas profundas da Bacia Potiguar, na Margem Equatorial brasileira. A empresa anunciou que recebeu a guia de recolhimento do Ibama, um dos passos cruciais para a aprovação das atividades, com a previsão de receber a licença ambiental nesta segunda-feira (02).
A Petrobras afirmou em comunicado que cumpriu rigorosamente todos os requisitos estabelecidos pelo Ibama. Como parte da última etapa do processo, a companhia realizou um simulado conhecido como “Avaliação Pré-Operacional” no local, entre os dias 18 e 20 deste mês. Esse procedimento visou comprovar a capacidade da Petrobras em reagir de forma imediata e eficaz a eventuais vazamentos de petróleo, conforme detalhado no comunicado.
Para a simulação, que envolveu contenção e recolhimento de petróleo, proteção costeira, monitoramento, resgate e atendimento à fauna, mais de mil pessoas foram mobilizadas, incluindo quatro aeronaves, cinco ambulâncias, 70 veículos terrestres e mais de 60 embarcações. A equipe contou com biólogos, veterinários e 300 agentes ambientais altamente treinados.
A perfuração dos poços exploratórios está programada para começar assim que a sonda chegar ao local designado. O primeiro poço será perfurado a uma distância de 52 km da costa. Com essa pesquisa exploratória, a Petrobras visa coletar informações geológicas adicionais da área, visando avaliar a viabilidade econômica e a extensão da descoberta de petróleo feita em 2013 no poço de Pitu. É importante destacar que, nesta fase, não haverá produção de petróleo.
A Bacia Potiguar engloba partes do Rio Grande do Norte e do Ceará, fazendo parte da Margem Equatorial brasileira, que se estende desde o Amapá até o Rio Grande do Norte. Essa região é considerada uma das fronteiras mais recentes e promissoras em águas profundas e ultraprofundas em nível mundial, destacando-se pela riqueza de recursos naturais e oportunidades de exploração.
Fonte: Monitor do Merecado