Papa sai em defesa das vítimas de tráfico humano
Francisco recorda santa sudanesa que foi vendida como escrava, em oração distribuída aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro
O Papa Francisco defendeu, no Vaticano, as vítimas do tráfico de pessoas e de exploração sexual, dois dias depois da jornada mundial que a Igreja Católica dedicou a este tema.
“Peço especialmente aos Governos que enfrentem com decisão as causas de tais chagas e que protejam as vítimas. Todos nós, no entanto, podemos e devemos colaborar, denunciando os casos de exploração e escravatura de homens, mulheres e crianças”.
Francisco defendeu união de “forças para vencer esse desafio”, agradecendo a todos os que lutam por esta causa, em particular muitas religiosas católicas.
Os peregrinos presentes na Praça de São Pedro receberam uma oração a Santa Josefina Bakhita, religiosa sudanesa que foi vendida como escrava, como criança, enfrentando “dificuldades e sofrimentos indescritíveis”.
O Papa proferiu a oração em conjunto com os participantes no encontro dominical, evocando todos os que vivem na escravidão ou são vítimas do tráfico de pessoas.
Suplicamos-te que rezes e intercedas por todos nós, para que não caiamos na indiferença, que abramos os olhos e possamos olhar para as misérias e as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da sua dignidade e da sua liberdade, ouvindo o seu grito de ajuda”.
Na sua intenção de oração para o mês de fevereiro, divulgada mundialmente com a ajuda das novas tecnologias, o Papa convida todos a um “acolhimento generoso das vítimas do tráfico de pessoas, da prostituição forçada e da violência”.