OPINIÃO: “VERGONHA PARA O FUTEBOL BRASILEIRO”

Pelé, o Eterno!

 

Por Ney Lopes

O mundo proclama que o Brasil é o país do futebol.

Sem dúvida, esse é o grande orgulho nacional.

Por tal razão, não se justifica que a escolha de um treinador para a seleção brasileira coloque a Confederação Brasileira de Futebol de “joelhos”, suplicando que um estrangeiro venha para essa função.

Não se trata de discriminação, mas o país dispõe de quadros capazes e de competência reconhecida internacionalmente.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, foi humilhado, ao receber um “pito” por telefone do treinador italiano Carlo Ancelotti, que demonstrou profunda irritação com a notícia divulgada, de que ele viria para o Brasil.

O contrato de Ancelotti com o Real vai até o fim de junho de 2024.

Até lá, o Brasil terá seis partidas nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo.

No próximo ano, a seleção tem quatro amistosos confirmados, dois em março (contra a Espanha em março) e dois em junho.

Também em junho a Copa América terá início nos Estados Unidos.

O mais grave é que Ednaldo Rodrigues foi admoestado para ‘baixar o tom das declarações’ sobre a vinda de Ancelotti, que disse com todas as letras, ter compromisso com o Real Madrid, agora e no futuro.

Ele claramente, menospreza a Seleção para permanecer no comando do clube espanhol.

Antes de cotejar Ancelotti, o dirigente da CBF já levara um “fora” do treinador espanhol Pep Guardiola, que rechaçou qualquer aproximação, ainda no final do ano passado.

É inaceitável submeter uma seleção cinco vezes campeã do mundo a tamanha humilhação.

A responsabilidade é dos “cartolas”, que não demonstram capacidade para geri-la.

Há quase um ano a mais vencedora seleção do futebol mundial está sem técnico.

Fernando Diniz, profundo estrategista do futebol, foi chamado para “tapar buraco”, enquanto a CBF procura um profissional estrangeiro.

A estreia oficial de Diniz na seleção será em setembro deste ano, quando se iniciam as eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2026 que  será co-sediada por Canadá, Estados Unidos e México.

Não há razões para tamanha vergonha.

O passado da seleção consagra os profissionais nativos vitoriosos cinco vezes em Copas do Mundo.

Estamos há 21 anos sem ganhar uma Copa.

Pelo visto, esse tempo irá prolongar-se, salvo se a CBF mudar a forma de administrar o nosso futebol.

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