OPINIÃO: “TRANSPORTE COLETIVO “DOR DE CABEÇA CRÔNICA” EM NATAL”

 

Ney Lopes

Aproximam-se as eleições municipais de 2024 e um tema coloca-se como prioritário para os debates e propostas.  Trata-se da mobilidade urbana, que pode ser entendida como a maneira das pessoas transitarem nas cidades, seja de maneira individual (a pé, bicicletas, motocicletas e/ou carros), seja de maneira coletiva (ônibus, metrô, trem, etc.). É um fator que interfere diretamente no bem-estar social da população.

Caixa preta – Numa cidade como Natal, a maior crise é em relação ao sistema de transportes públicos (tarifa, qualidade, compromisso com o meio ambiente…). Não se pode usar meias palavras para constatar que existe uma “caixa preta”, monitorando as áreas política e privada. Sabe-se e fala-se nisso há anos, mas nunca essa “caixa preta” foi aberta.

Dor de cabeça – Por tal razão, a questão dos transportes coletivos em Natal transformou-se numa “dor de cabeça crônica”. Até a licitação vem sendo sucessivamente adiada e por incrível que pareça o motivo é necessidade de recalcular a tarifa, sem nunca ter realizado licitação e sem qualquer contrato formal. O serviço de transporte opera na capital potiguar em formato de permissão. Realidade, que não pode continuar!

O que fazer? É preciso repensar a política de investimentos em transporte público de Natal, modernizando-o e garantindo o melhor acesso à população. Para começar, o primeiro passo terá que ser uma radiografia completa do sistema tarifário do transporte municipal, incluindo a margem de lucro das empresas.

Auditoria – Isso se fará através da contratação pela Prefeitura de Natal de uma auditoria externa, comprovadamente confiável, que esmiúce a planilha de receita e despesa. O município de SP fez auditoria semelhante, com a empresa internacional Ernst & Young Global Limited, uma das maiores do mundo,

Licitação – Com base nessa auditoria, seria lançada licitação para implementar uma série de mudanças na operação do serviço de transporte público. A auditoria independente abrirá a “caixa preta”, sem estardalhaços, buscando a realidade de gastos supérfluos, favores inadmissíveis, subsídios desproporcionais etc…

Sugestões – Em resumo, a auditoria afastaria as “influencias” de qualquer natureza, dando conhecimento do quadro real que permita otimizar a nova rede de transportes e garantir qualidade no serviço, reduzindo custos operacionais. Alguns estudos idôneos, sugerem a criação de um centro de controle operacional, para gerenciar melhor as partidas, chegadas e percursos de cada ônibus, e a “estatização” das garagens de ônibus.

Fica a sugestão para a Prefeitura de Natal.

Olho aberto

Origem do Corpus Christi – Amanhã, 8, os católicos comemoram a Festa do Corpo de Deus. Em 1263, padre alemão, chamado Pedro de Praga, ao celebrar missa percebeu que o sangue escorria da Hóstia consagrada, gotejando em suas mãos e descendo sobre o altar.

Orvieto I – Perplexo, o padre interrompeu a Missa e levou o sangue e o pano de linho à cidade vizinha de Orvieto, onde o Papa Urbano IV residia. Após investigação, os fatos foram confirmados. Assim nasceu a Festa da Eucaristia, um dever canônico mundial.

Orvieto II – Ainda hoje, o linho contendo as marcas de sangue ainda está conservado e exposto na Catedral de Orvieto, cidade vizinha a Roma. Quem visitar o Vaticano, não pode deixar de ir à cidade de Orvieto.

Divórcio – Um dos casais mais conhecidos e comentados do mundo, o príncipe Harry e a ex-atriz Meghan Markle estariam em processo de divórcio. Harry já tem advogado contratado para a separação.

Artur Lira – A Primeira Turma do STF rejeitou, de forma unânime, denúncia contra o presidente da Câmara, deputado Artur Lira, por corrupção passiva.

Internação do Papa – Ontem a imprensa italiana agitou-se com a internação no Hospital Policlínico Gemelli, no Vaticano do Papa Francisco. Entretanto, desmentiu-se qualquer gravidade. Foram exames de rotina e o Pontífice retornou ao Vaticano ao meio dia.

Lucidez – O presidente Lula, que há dias chamou empresários do agronegócio de “fascistas”, ontem, 6, na Bahia colocou panos mornos e elogiou a atividade desse setor. Depois das derrotas no Congresso ele pediu que os brasileiros joguem o ódio na lata do lixo.

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