OPINIÃO: “POR QUE PRESIDENTE ARGENTINO PROCURA LULA?

Ney Lopes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu pela quarta vez o presidente da Argentina, Alberto Fernández, em visita oficial ao Brasil.

A justificativa foi tratar dos principais temas da agenda econômica bilateral.

Entretanto, a verdade é outra. A grande motivação é essencialmente política, embora os temas econômicos sejam abordados.

Eleição -A Argentina vai escolher um novo presidente neste ano.

O atual presidente, Alberto Fernández, não vai concorrer. Mauricio Macri, que o antecedeu na Casa Rosada, também não, e nem a atual vice-presidente, Cristina Kirchner, que foi presidente por dois mandatos.

Calendário – O principal embate deve ser, mais uma vez, entre o peronismo de esquerda (herdeiros políticos de Juan Perón, que foi presidente da Argentina três vezes no século passado) e a centro direita.

O calendário das eleições é o seguinte: 11 de agosto: Prévias; 22 de outubro: Primeiro turno; 19 de novembro: Segundo turno.

Socorro – É caótica a situação econômica da Argentina.

Milhões de argentinos não conseguem sequer satisfazer suas necessidades básicas.

Segundo dados divulgados no fim de março pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos, 4 em cada 10 argentinos são considerados pobres.

Alegando essa conjuntura adversa, o presidente argentino pede socorro ao amigo Lula, para evitar desgastes na eleição presidencial.

Líder mundial – Percebe-se, que as visitas de Fernández fazem parte de estratégia da esquerda na América Latina para evitar o naufrágio de “companheiros”, que chegaram ao poder na região.

O presidente Lula, com a sua ambição de tornar-se líder mundial, começa por tentar consolidar posições latino-americanas.

Tentativa -Já acenou para Maduro com uma reunião de presidentes que ele inventou em Brasília, unicamente com o objetivo de tentar recuperar a imagem do ditador venezuelano.

O tiro saiu pela culatra.

Até o presidente do Chile, notoriamente de esquerda, manifestou-se contra as posições de Lula e saiu da reunião antes do término.

Estratégia – Não é de todo condenável o diálogo de Lula com a Argentina, país vizinho que estava isolado do nosso governo, o que é ruim.

Entretanto, começar falando em moeda única é criar um sonho para que o candidato da esquerda argentina à presidência argumente em sua propaganda eleitoral, que somente ele terá condições de alcançar esse objetivo, que salvaria a Argentina do caos econômico, pelas ligações com Lula.

Tentativa de isolar o adversário.

Diferenças -Brasil e Argentina têm acentuadas diferenças.

Os dois Estados não poderiam ser mais distintos em suas políticas monetária e fiscal.

O Brasil tem uma taxa de câmbio livre e um banco central independente.

Já o banco central argentino está imprimindo dinheiro para compensar o déficit orçamentário, sem controle.

Plano – Conclui-se, que as visitas de Fernandez faz parte claramente de plano político para que um presidente da esquerda governe a Argentina, a partir de 2024.

Pura falácia!

OLHO ABERTO

Candidato – Jair Bolsonaro comentou com alguns aliados que, se não puder ser candidato ao Planalto, esse nome deve ser o de Tarcísio Gomes de Freitas.

Dos três governadores citados nas rodas da centro-direita, o de São Paulo é o mais próximo do ex-presidente.

Lealdade – Tarcísio virou candidato a governador numa construção promovida pelo ex-presidente e é leal.

Zema e Ratinho são independentes.

Continue errando … -A imprensa registrou, que durante o recente XI Fórum Jurídico de Lisboa, o mestre de cerimônias chamou Tarcísio de Freitas de “presidente”.

A plateia gargalhou.

Falecimento – De pêsames a classe política do estado, com a morte de Abel Filho, ex-prefeito de Almino Afonso (um mandato) e de Rafael Godeiro (4 mandatos).

Conheci e era um homem digno, administrador exemplar.

Irmão do deputado estadual Doutor Bernardo.

Honra ao mérito- Justíssima a homenagem “em memoriam” prestada ao arquiteto Ubirajara Galvão pelo ‘Festival de Cinema de Natal’, na reunião do Conselho Estadual de Cultura.

A ideia partiu do jornalista Valério Andrade, memorialista, escritor e jornalista, que preserva a história do estado.

Aliás, Valério deveria ser convocado para missões na área pública e privada.

Talento potiguar que precisa ser melhor aproveitado.

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