OPINIÃO: “COLLOR SERÁ PRESO?”

Ney Lopes

O STF condenou o ex-senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello a 8 anos e 10 meses de prisão em regime inicial fechado, por crimes envolvendo a BR Distribuidora.

Prisão – O cumprimento da sentença não é imediato.

A defesa do ex-presidente entrará com os chamados embargos de declaração – recurso usado para questionar eventuais omissões ou contradições na decisão.

O Código Penal estabelece que, quando a condenação é superior a oito anos, o regime inicial para cumprimento da pena é o fechado.

Entretanto, se conseguir reduzir a pena da sentença, o ex-presidente pode se livrar do regime fechado.

Recurso – O recurso de embargos declaratórios teve a sua aplicação ampliada, após a vigência do novo Código de Processo Civil.

A principal mudança (artigo 463, II) é a possibilidade de “alteração” do julgado, por intermédio dos Embargos de Declaração.

O vocábulo “alterar” nada mais quer dizer do que mudar, modificar, transformar a sentença impugnada.

Na legislação anterior, isso não seria possível.

Defesa – Segundo a defesa de Collor, há na decisão do STF um “erro material”, pelo fato do STF não ter levado em conta a jurisprudência da mesma Corte, que tem anulado todos os inquéritos da Lava Jato.

Assim foi com Lula, Sérgio Cabral, Eduardo Cunha e outros.

Por que contra Collor o inquérito valeu, indagam os seus defensores.

Delação – Outro aspecto é que toda fundamentação que levou a condenação baseia-se nos relatos unilaterais dos delatores da “lava jato” Alberto Youssef, doleiro, Rafael Ângulo Lopez, funcionário de Youssef, e Ricardo Pessoa, dono da UTC, que é réu no processo.

As declarações do delator, por si sós, não servem para condenar, como estabelece o artigo 4º, parágrafo 16, da Lei das Organizações Criminosas.

O STF já decidiu que o depoimento do delator precisa ser corroborado por fontes diversas de prova, documentos produzidos por ele mesmo não servem de instrumento de validação.

Destino de Collor – E afinal Collor será preso, diante da sentença do STF?

Não.

Ele aguardará o julgamento dos Embargos Declaratórios, que poderão assegurar ou não a sua liberdade.

Olho aberto

Preços da gasolina – O PROCON,  órgão responsável pela defesa do consumidor, fiscaliza denuncias de preços exorbitantes nos postos de gasolina de Natal.

Tarefa árdua.

Quando dirigiu o PROCON-RN, o meu filho, Ney Júnior, comeu “o pão que o diabo amassou” por ter tentado fiscalizar os postos de gasolina.

Ele, idealista, queria cumprir o que está na lei.

Comedido, anunciou que orientaria as empresas, antes de autuar.

De nada adiantou.

Sofreu campanha articulada e violenta pelo poder desse setor econômico, que controla o mercado e influi nos governos.

Recebeu até ameaça de morte.

Chegaram a publicar nas redes sociais caricatura dele como palhaço, por cumprir o dever com a população.

Terminou recebendo ordem do governador à época para não mais fiscalizar ninguém.

Infelizmente, essa é a realidade.

Fiasco – Não aconteceu o jantar que Lula ofereceria aos presidentes da América do Sul no Itamaraty.

Foi um “protesto” pelo apoio de Lula a Maduro. Todos se sentiram parte de uma “armadilha “montada por Lula, para parecer que a América do Sul apoiava Maduro.

Editorial – Publicado em jornal português, sob o título: “Lula está maduro demais? 

Data histórica – Amanhã, primeiro domingo de junho, é celebrado o dia nacional do Vinho.

Há indícios de que o vinho exista há mais de 7.000 anos, e sua origem mais provável é no Oriente Médio, na região onde hoje se localizam Síria, Líbano e Jordânia.

Dor de cabeça – Lula não terá paz política, enquanto o PT dominar todo o Planalto, sem dividir a coordenação de governo com aliados.

Dois ministros palacianos estão em risco:  — o da Casa Civil, Rui Costa, e o das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Vaticano – O Papa Francisco quer fazer do Vaticano “Estado modelo

Em 7 de junho, uma nova Lei Fundamental – espécie de Constituição – entrará em vigor, a primeira vez que isso acontece desde 2000.

O desejo do Papa Francisco é tornar o Vaticano  instrumento moderno e confiável de sua missão

Ditadura – Contas de dioceses, paróquias e instituições católicas foram congeladas arbitrariamente pelo regime de Daniel Ortega, da Nicarágua.

Enfermeiros – Missão da Alemanha chega ao Brasil, com o objetivo de contratar enfermeiros para trabalhar nos hospitais e clínicas do país.

O salário começa em € 2,3 mil (cerca de R$ 12,4 mil) e pode passar para € 2,8 mil (R$ 16,7 mil) depois do diploma ser validado.

Não precisa dominar a língua alemã.

Farão curso ao chegarem a Alemanha.

 

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