Operação contra Ciro Gomes causa incômodo na PF

O método, chamado de “lavajatista” por delegados da Polícia Federal, para cumprir mandado de busca e apreensão contra Ciro Gomes (PDT), causou incômodo entre membros da categoria. A insatisfação foi mais visível em altos escalões da PF, cujos integrantes consideram que o episódio pode desgastar a imagem da corporação. As informações são da jornalista Bela Megale, do O Globo.

“Esse modelo ‘lava-jatista’ de fazer um barulho enorme, desgastar a imagem da pessoa para depois ver se acha alguma prova tem prejudicado a imagem da PF”, disse um delegado da PF que não quis ser identificado.

Outro ponto criticado é a cronologia da investigação e falta de timing para a operação. “As buscas e apreensões em endereços dos investigados só aconteceram quatro anos depois do processo ser instaurado, o que torna muito difícil que provas relevantes sejam colhidas. O caso foi aberto em 2017”, complementa.

Os delegados analisam que a operação desencadeada contra Ciro e seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT), pode até fazer barulho, mas não fará diferença na busca por provas que incriminem os irmãos. Outro ponto negativo é que esse método passa a mensagem de que a Polícia Federal está aparelhada, servindo a interesses para além do cumprimento da Justiça.

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