O CARNAVAL – HISTORICIDADE E CRENÇAS – Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo

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O CARNAVAL – HISTORICIDADE E CRENÇAS

Quando pesquisamos a palavra carnaval, encontramos a sua origem no Latim, Carnis levale, cujo significado é retirar a carne, ou festa da carne. Numa análise simples, o Carnaval acontece antes da quaresma, instituída pela igreja, com duração de quarenta dias de abstinência de carne, seguido pelo jejum antes da Páscoa.

A tradição cristã e o carnaval se misturam entre características do divino e do paganismo. Em nosso tempo, a igreja que representa o cristianismo, propõem que a exposição da carne seja remida pelo de restrição e jejum.

O carnaval tem semelhança com as celebrações de alguns povos, entre eles podemos citar: mesopotâmios, gregos e romanos.

Uma das tradições do carnaval, conhecida como Sacéias, relata que em suas festas carnavalescas, era escolhido um prisioneiro que, durante cinco (05) dias, substituía o rei e passava ter privilégios reais e desfrutava do poder. Porém, ao término deste período era entregue ao povo para ser espancado e morto em praça pública.

Já em Roma e na Grécia, a festa carnavalesca, tinham algumas razões: fartura de alimentos, afastar maus espíritos e garantir a fertilidade. No entanto, quase sempre o limite das regras sociais de convivência era quebrado, pois, as pessoas de forma enlouquecida, se entregam ao prazer sem medir as consequências, e assim ocorria muita bebedeira desenfreada, prazeres que trazem consequências inesperadas, doenças sensuais. Tornando o período de abstinência inoculo.

O carnaval é uma festa secularizada e surgiu das celebrações cristãs em conjunto as celebrações pagãs. No início a igreja tentou ditar as regras para a festividade, todavia, o fracasso foi eminente.

Já no Brasil, a festa do carnaval foi introduzida pelos portugueses no período da colonização, entre os séculos XVI E XVII, que logo caiu no gosto popular. As festas de ruas, carnavalesca, eram utilizados: águas perfumadas, urina ou até mesmo lama. As brincadeiras carnavalescas tinham um momento de zombaria, ou seja, aqueles que eram tidos como persona não grata, sofriam de inúmeras vinganças, ao passarem pelas ruas recebiam banhos de urina ou até mesmo lama, se poder revidar, por ser o momento de extravasar todos os sentimentos da carne.

Com o passar do tempo, as brincadeiras e danças de carnaval, formaram se profissionalizado e gerando riquezas. Por outro lado, os excessos foram tomando conta da alegria do carnaval e levando as pessoas a bebidas, as drogas e ao apelo sexual. E esse comportamento, ao término do período carnavalesco, é acompanhado de desilusão, vazio existencial e ressaca moral.

Tanto a música, como às danças, expressões culturais, tem uma condição ímpar na elevação do espírito humano em busca da verdadeira liberdade. Contudo, mantendo todo o respeito ao que gostam da festa carnavalesca, é observável que o formato do carnaval apenas vem trazendo desvios da rota evolutiva da alma humana.

A ideia original da festa popular, chamada de carnaval, era mostrar a alegria, a arte e cultural popular. No entanto, os excessos realizados em no da alegria, tem destruído diversas vidas, levando-as ao uso extremo de bebidas alcoólicas, drogas, sexo livre e violência. O que apenas gera um ambiente ruim para os que realmente desejam apenas se divertir.

No campo da observação, o carnaval, tem levado muitas pessoas a conduta de degradação da sua integridade, influenciadas pelos espíritos caídos a práticas com consequências inimagináveis, como agressões, desastres, suicídios, homicídios e outras tantas loucuras.

Portanto, a festa que deveria ser popular, tomou uma conotação de violência, destruição dos lares, mortes, inúmeras doenças sexuais transmitidas, degradação dos princípios morais, destruição da dignidade humana, e destruição da alma.

Muita Paz, Luz e Justiça a todos!

Pesquisador e Escritor Ricardo Alfredo

 

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