NOS DIAS DO SÉCULO XVII – Wilson Bezerra de Moura

Foi marcante e triste esse período da história, julho de 1645, para o Rio Grande do Norte, quando se deu o massacre religioso em duas regiões, Cunhaú e Uruaçú, em pleno Século XVII, o sangue correu no chão dessas duas províncias. Anos depois a história é revista e o papa João Paulo II resolve Beatificar 30 mártires desse desastre humano em Cunhaú e Uruaçú.

Nesse trajeto histórico em que receberam às bênçãos de beatificação trinta pessoas, dois eram sacerdotes e 28 índios, entre outros habitantes da região, foram consagrados pela benção papal, em solenidade litúrgica no Vaticano, incluindo-os entre os santos da Igreja Católica.

A tragédia ocorreu quando os holandeses calvinistas, no dia 16 de julho de1645, enfrentaram com todo ódio os indefesos padres e índios que, com sua fé, não mereceram o respeito de continuar suas vidas obedecendo os sentimentos religiosos.

A transmissão do ato religioso da homenagem honorífica papal coube ao monsenhor Agnelo Barreto, em pronunciamento oficial sobre o ocorrido em dezembro de 1998, cuja manifestação foi considerada jubilosa e agradou a todos os patrícios, por considerar um ato gratificante aos sentimentos dos patrícios.

Todos os anos a festa é intensa no dia 03.10, uma data inclusive decretada pelo governo como feriado estadual. O povo  celebra o acontecimento, embora marcante, pelo fato  de haver o papa Paulo II tomado a inciativa de beatificar essas sacrificadas pessoas, mesmo assim um acontecimento desgastante para a história da humanidade. 

Portanto, graças aos santos mártires, São Gonçalo do Amarante festeja com regozijo a data de 21 de dezembro de 1998 sob a força do decreto papal, transformando os mártires de Uruaçú e Cunhaú essencialmente imaculado.

Fervorosos fiéis do Estado do Rio Grande do Norte rendem graças ao poder eclesiástico por ter transformado uma tragédia num momento de fé e esperança de uma gente que sempre conservou o sentimento religioso.

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