Ney Lopes: Pandemia, somente Deus e a ciência salvam

Hoje, 8, o Brasil chega a 100 mil mortos e 3 milhões de infectados pelo coronavírus. É a maior tragédia já vivida pelo país, o segundo do mundo em mortalidade. Tudo isto acontece, em meio a polarizações políticas, ao invés de mobilização sanitária, liderada pelo governo central. Uma das principais polemicas é sobre o número de mortos, que vem sendo sistematicamente contestado pela Presidência da República.

Há denúncias de fraudes e imprecisões nos números de vítimas. Um especialista e professor paulista, em entrevista, foi objetivo e seguro, ao declarar que o problema não são os resultados divulgados no momento. Tudo se esclarece, comparando esses números, com as estatísticas de anos passados (2018/2019 etc.).

Se há aumento é porque a pandemia está matando. O óbvio ululante, realmente. Surtos de doenças repetem-se pelos séculos. Podemos equiparar esta pandemia, com outras que ocorreram. Vejamos as principais. Uma das primeiras pandemias foi a Peste de Justiniano, (541 D.C) em Constantinopla Relatos históricos preocupam a humanidade há dois mil anos., que durou 200 anos.

Em 1343, a peste negra (bubônica) assolou os continentes asiático e europeu e prolongou-se até o começo do século XX. Já em 1580, existem relatos da primeira pandemia de gripe, que se espalhou pela Ásia, Europa, África e América. Em 1918, a Gripe Espanhola, que teve origem nos Estados Unidos, dizimou as populações indígenas e levou a óbito milhares de pessoas.

Em meio ao pavor das populações, a primeira prevenção ocorreu na peste negra (século XIV), na cidade de Veneza.

A curiosidade é que em 2020 verifica-se pela primeira vez uma quarentena global.  Mesmo com suas diferenças biológicas, sociais, temporais e geográficas, as pandemias têm alguns pontos comuns, como caos social, mudanças de comportamento e disseminação de informações falsas.

Com todas as incertezas que envolvem a “ciência”, a verdade é que somente ela, inspirada por Deus, será capaz de salvar vidas.

O improviso e o messianismo verborrágico, só contribuem para mais mortes.

Ney Lopes é jornalista, ex-deputado federal e advogado – [email protected]

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