Ney Lopes: “COVID: MELHOR PREVENIR, DO QUE REMEDIAR”

O coronavírus não para de surpreender.

Quando se acha que está indo bem, ele revela muitos desafios pela frente.

Continua se espalhando pelo mundo.

Com novos casos confirmados na Austrália, Portugal, Holanda e Dinamarca foi identificada uma nova cepa denominada B.1.1.529 ou “ômicron”, em cinco continentes: Ásia, Europa, Oceania e África (onde o primeiro caso foi detectado) e Canadá.

Mais de dez países confirmaram casos da nova variante.

O aparecimento da “ômicron” confirma que a desigualdade na distribuição das vacinas mostra que nenhum lugar do mundo estará realmente protegido, enquanto a situação não estiver controlada em todas as regiões globais.

Os países do G7 farão reunião de emergência nesta segunda, 29, para discutir os riscos da nova cepa.

Em menos de duas semanas, há indicativos de que ela caminha para se tornar dominante, após a onda forte causada anteriormente pela variante Delta.

A nova variante tem deixado os especialistas particularmente preocupados, porque é muito diferente da covid original, que foi usada como base para o desenvolvimento das atuais vacinas disponíveis.

O ministro da Casa Civil do Brasil anunciou o fechamento de voos vindos de seis países do sul da África, a partir desta segunda.

A OMS trabalha para entender o quanto a nova variante é mais transmissível, mais agressiva ou se pode superar parcialmente o efeito protetor das vacinas disponíveis.

No momento, ainda não há detalhes maiores, ou confirmações sobre a gravidade do vírus.

Mesmo assim, uma das principais especialistas em sequenciamento genético e saúde pública, Sharon Peacock, diretora do consórcio de genômica britânico COG-UK e professora de saúde pública e microbiologia da Universidade de Cambridge, declarou que “na dúvida sobre a gravidade da variante. É melhor ir duro, ir cedo e ir rápido” e pedir desculpas se estiver errado”.

A avaliação foi compartilhada por vários cientistas britânicos.

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, decretou “emergência por desastre” no estado americano, citando a alta de contaminações e internações pela doença.

A cidade havia oficializado o fim das restrições impostas ao combate à pandemia, em julho deste ano.

O anúncio feito pelo então prefeito Bill de Blasio e sinalizava a reabertura e a liberação de funcionamento para o comércio e eventos.

Agora, o recuo.

A realidade da catástrofe salta aos olhos.

No Brasil, os administradores públicos – União, Estados e Municípios – devem agir preventivamente, de forma conjunta, sem alarmar a população.

Não se justifica aguardar que o pior aconteça.

Queira Deus que as apreensões atuais se transformem em alarme falso.

Melhor prevenir, do que remediar.

Porém, até que isso aconteça, a dor de cabeça com os riscos trazidos pelo coronavírus deverão continuar e aumentar.

Melhor prevenir, do que remediar.

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