Multidão aplaude chegada do caixão da rainha Elizabeth II a Edimburgo

O caixão da rainha Elizabeth II chegou neste domingo (11) a Edimburgo, após deixar o castelo escocês de Bamoral, onde ela morreu na quinta-feira (8), aos 96 anos.

Pouco antes das 16h30 locais (12h30 em Brasília), o cortejo fúnebre entrou no Palácio de Holyroodhouse, residência oficial dos reis da Escócia, depois de percorrer as ruas da capital escocesa. Sua chegada, após seis horas de viagem, foi aplaudida por milhares de pessoas, que aguardavam no local.

O caixão de Elizabeth II deixou neste domingo o castelo escocês de Balmoral, a residência de verão da soberana. O carro funerário preto passou pelo portal do castelo depois das 10h (09h GMT), com o caixão de carvalho coberto com a bandeira real escocesa e uma coroa de flores brancas no interior.

A procissão de sete carros passou pelos portões de Balmoral pouco depois das 10h locais (6h em Brasília), contornando uma montanha de flores depositadas no local desde o anúncio de sua morte, após 70 anos e sete meses no trono.

Nos portões de Balmoral, se amontoavam centenas de buquês de flores, além de cartões, presentes e faixas. “Obrigado por ser você”, dizia uma mensagem.

Perto da cerca de ferro, um súdito colocou um urso Paddington de pelúcia. Este personagem muito amado dos livros infantis britânicos compartilhou uma xícara de chá com a rainha como parte das celebrações televisionadas de seu Jubileu de Platina em junho.

Ciaxão da rainha Elizabeth II passa pela cidade de Ballater, na Escócia
Ciaxão da rainha Elizabeth II passa pela cidade de Ballater, na Escócia AP – Andrew Milligan

Em Ballater, alguns  moradores, usando trajes tradicionais escoceses, foram os primeiros a acompanhar o cortejo fúnebre. Cidades e vilas se sucederam na viagem de cerca de 300 quilômetros até a capital escocesa.

Uma multidão veio acompanhar a passagem do caixão no fim de semana.”Ela é a única rainha que eu conheço”, explica Nia-Gray-Wannel, moradora da vizinha Ballater.

Em Banchory, os habitantes quebraram o silêncio com aplausos. Em outros pontos, fileiras de tratores ou cavaleiros prestaram homenagens.

“É a história sendo escrita”

No Palácio de Holyroodhouse, em Edimburgo, a residência oficial dos reis na Escócia, uma multidão se reuniu na rua para assistir à passagem da procissão. O voo dos helicópteros e o som dos cavalos da polícia montada silenciaram por um momento o burburinho da população.

“É história, história sendo escrita”, diz Stuart Mckay, um ex-soldado da Cavalaria Real de 66 anos. “Já vimos isso tantas vezes. Fomos privilegiados, não tivemos que fazer fila”, lembra o homem vestido de kilt, para quem é seu “dever” se despedir.

O caixão ficará instalado no palácio, antes de ser transferido na segunda-feira em procissão para a catedral de Saint Giles, onde será realizado um serviço religioso na presença do rei Charles III e onde as pessoas poderão se despedir da rainha.

O funeral da soberana acontecerá na Abadia de Westminster, onde a jovem princesa Elizabeth Alexandra Maria se casou em novembro de 1947 e onde em 2 de junho de 1953 foi coroada rainha após a morte de seu pai George VI em 6 de fevereiro de 1952.

O primeiro funeral de Estado desde o do ex-primeiro-ministro Winston Churchill em 1965 receberá dezenas de líderes mundiais, incluindo o presidente dos EUA Joe Biden.

Ao protocolo oficial para o momento de sua morte, cuidadosamente elaborado durante anos sob o codinome “London Bridge”, foram acrescentadas disposições especiais desde que ela morreu na Escócia, conhecida como “Operação Unicórnio”.

Os príncipes William e Harry, com suas esposas Kate e Meghan, homenageiam a rainha no castelo de Windsor
Os príncipes William e Harry, com suas esposas Kate e Meghan, homenageiam a rainha no castelo de Windsor AP – Alberto Pezzali

Foto de príncipes juntos rouba a cena

Após a morte da soberana e a proclamação do novo rei Charles III, a aparição dos príncipes William e Harry, juntos, com suas esposas Kate e Meghan, roubou a cena e estampou as primeiras página dos jornais deste domingo.

“Reunidos pelo luto”, foi a manchete do Sunday Telegraph, com uma foto dos dois casais caminhando juntos em Windsor. O Sunday Times informou que “longas negociações” foram necessárias entre os casais para administrar o momento midiático.

(Com informações da AFP)

RFI

 

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