Motta nega ter negociado projetos em troca da desocupação do plenário e diz que tomará providências

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou nesta quinta-feira (7) que tenha negociado a votação de projetos com parlamentares da oposição em troca da desocupação do plenário da Casa.

 

Ele também afirmou que tomará providências em relação aos parlamentares que impediram a realização de sessões na Casa.

 

Nesta quarta-feira (6), aliados de Jair Bolsonaro deixaram a Mesa da Câmara após quase dois dias de protestos contra a prisão domiciliar do ex-presidente – determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

O funcionamento da Câmara também foi travado como parte de um movimento da oposição para pressionar pela discussão da pauta prioritária do bloco, que contempla anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro e o fim do foro privilegiado.

 

Para impedir os trabalhos na Casa, deputados ocuparam o plenário principal da Câmara — situação que só desmobilizada no início da noite de quarta, em meio a um empurra-empurra e a uma tentativa hesitante de Motta de demonstrar força.

 

Motta nega ter negociado projetos em troca da desocupação do plenário e diz que tomará providências

Aliados de Jair Bolsonaro deixaram a Mesa da Câmara após quase dois dias de protestos contra prisão do ex-presidente. Oposição pressiona pela análise do projeto de anistia a condenados pelo 8 de Janeiro, entre outras pautas.

Por Marcela Cunha, Kevin Lima, g1 — Brasília

 

07/08/2025 12h27 Atualizado há 25 minutos

 

Motta nega ter negociado projetos em troca da desocupação do plenário

Motta nega ter negociado projetos em troca da desocupação do plenário

 

 

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou nesta quinta-feira (7) que tenha negociado a votação de projetos com parlamentares da oposição em troca da desocupação do plenário da Casa.

 

Ele também afirmou que tomará providências em relação aos parlamentares que impediram a realização de sessões na Casa.

 

Nesta quarta-feira (6), aliados de Jair Bolsonaro deixaram a Mesa da Câmara após quase dois dias de protestos contra a prisão domiciliar do ex-presidente – determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

O funcionamento da Câmara também foi travado como parte de um movimento da oposição para pressionar pela discussão da pauta prioritária do bloco, que contempla anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro e o fim do foro privilegiado.

 

Para impedir os trabalhos na Casa, deputados ocuparam o plenário principal da Câmara — situação que só desmobilizada no início da noite de quarta, em meio a um empurra-empurra e a uma tentativa hesitante de Motta de demonstrar força.

 

Motta tenta sentar na cadeira da Presidência da Câmara, deputado da oposição não deixa, mas depois cede; veja

Motta tenta sentar na cadeira da Presidência da Câmara, deputado da oposição não deixa, mas depois cede; veja

 

 

Parlamentares da oposição deixaram a sessão da noite de quarta afirmando que Motta havia se comprometido a dar seguimento aos pleitos do grupo.

 

Nesta quinta, em entrevista à imprensa, o presidente da Casa negou a articulação.

 

“A presidência da Câmara é inegociável. Quero que isso fique bem claro. As matérias que estão saindo sobre a negociação feita por esta presidência para que os trabalhos fossem retomados não está vinculada a nenhuma pauta. O presidente da Câmara não negocia as suas prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo, nem com absolutamente ninguém”, declarou Hugo Motta.

Deputados e senadores de oposição ocuparam espaços na Câmara e no Senado, impedindo a realização de sessões deliberativas. No primeiro dia do movimento, Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), chegaram a cancelar reuniões.

 

Motta conseguiu retomar o funcionamento da Câmara apenas na noite de quarta, após uma série de reuniões e negociações com a base governista e aliados do ex-presidente.

 

Hugo Motta chegou a anunciar que deputados que impedissem os trabalhos poderiam ter os mandatos suspensos.

 

Em cenas transmitidas ao vivo, Motta caminhou até a mesa de comando do plenário, tentou assumir a cadeira de presidente e recuou após o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) se recusar a deixar o assento.

 

Motta se sentou apenas depois de ser escoltado por aliados. Em um discurso aos colegas, ele tentou acalmar os ânimos e defendeu que projetos pessoais e eleitorais não podem “estar à frente do que é maior que todos nós”.

 

Horas após ter protagonizado as cenas no plenário, Hugo Motta avaliou que o desenrolar foi a “solução menos traumática para que a Casa pudesse retomar a sua normalidade”.

 

“Penso que, mais uma vez, o diálogo prevaleceu. Nós tivemos a capacidade de conversar o dia todo com todas as lideranças, de poder demonstrar que nós não abriríamos mão de reabrir os trabalhos ontem, conforme o nosso regimento prevê, respeitando a nossa Constituição”, disse.

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