Mossoró registra 23,3 mil demissões e perda de 3 mil postos de trabalho em 2016

Dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram a dimensão da crise que atingiu Mossoró no ano passado.

O segundo maior município do Rio Grande do Norte sofre com os efeitos da crise nacional somados aos do sistema produtivo local, que envolvem a decadência do sistema de exploração do petróleo, e dificuldades nos setores, da construção civil, salineiro, fruticultor e carcinicultor, tidos como de grande importância para a economia local e regional.

Segundo relatório emitido pelo Caged, foram formalizadas 23.336 demissões em Mossoró no decorrer do ano de 2016 contra um total de 20.266 admissões.

O déficit alcançou 3.070 postos de trabalho, espalhados em diversos segmentos produtivos. Os segmentos que mais demitiram foram o da construção civil, transporte e comércio. (VER BOX)

O maior volume de admissões se concentra nos segmentos de telemarketing, fruticultura, confecções, supermercadista e de promoção de produtos. (VER BOX)

Para se ter uma ideia da gravidade do quadro, em 2015 Mossoró perdeu 1.828 postos de trabalho. Em termos comparativos, o ano de 2016 fechou com um incremento de 40,5% no número de postos perdidos, após balaço obtido com demissões e admissões.

De 2007 a 2014 o município perdeu 17.025 postos de trabalho.

 

– Funções com maiores baixas em 2016

Servente de Obras -> 373
Pedreiro -> 321
Motorista de Caminhão -> 233
Vendedor Varejista -> 198
Plataformista -> 119
TOTAL -> -1244
– Funções que mais admitiram em 2016

Operador de Telemarketing -> 422
Fruticultura rasteira -> 283
Industria têxtil e confecções -> 45
Embalador -> 40
Promotor de Vendas -> 44
TOTAL -> 824