Mossoró: homem diz que fugitivos monitoraram sua família e obrigaram a ajudá-los

A polícia identificou um local onde os fugitivos da penitenciária federal de Mossoró se esconderam, próximo a divisa entre o Rio Grande do Norte e o Ceará, após rastrearem alguém encarregado de levar comida aos fugitivos. O proprietário da residência relatou que sua família foi feita refém.

Segundo o proprietário, sua esposa e seu bebê ficaram sob controle dos criminosos por quase oito dias. Ele disse ter desembolsado R$ 500 em alimentos para os fugitivos durante esse período. Na propriedade foram encontradas embalagens de comida, lona e até um facão.

Segundo o homem, em vídeo que circula nas redes socias, a sua família foi rendida pelos bandidos enquanto dormia, por volta da meia da noite.

“Eu estava em casa com a minha esposa, eles chegaram e invadiram a porta. Não mexeram com nós. Eles só pediram para a gente manter a calma, que não ia acontecer nada com a gente e, que só fizesse o que fosse pedido. Eles disseram que já tinha gente que nos conhecia, não se preocupasse. Eles só queriam que a gente ajudasse eles, que garantia que ninguém mexia com a minha família. Eles já sabiam do meu irmão, que tinha um irmão que trabalhava em oficina. Já sabia que trabalhava em oficina, sabiam de quase meus passos”, explicou.

Fuga

A fuga foi registrada na Quarta-feira de Cinzas (14), se tornando a primeira do sistema de segurança máxima das prisões federais. De acordo com as informações divulgadas, os presidiários fugiram da cela por um buraco durante a madrugada e saíram pelo alambrado que cerca a unidade de segurança máxima

O presídio federal de Mossoró (RN) passava por ao menos três obras quando dois presos fugiram. Havia movimentação interna para obra no pátio de banho de sol, uma adaptação na recepção de visitantes e ampliação do alojamento de policiais penais.

Quem são os fugitivos da prisão de Mossoró?

Conhecido como “Deisinho” ou “Tatu”, Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, é considerado um criminoso da “primeira leva” de batismos (quando um criminoso é aceito como membro da facção) do Comando Vermelho no Acre, no fim de 2013. Ele soma penas de mais de 60 anos, com acusações que se acumulam desde a adolescência

Já Rogério da Silva Mendonça, apelidado de “Cabeça de Martelo” ou “Querubin”, entrou posteriormente na facção criminosa, em processo de expansão do crime organizado pela região Norte. Conforme o Ministério Público do Estado do Acre, as investigações ainda não conseguiram precisar quando ele ingressou no CV, mas o criminoso passou a ter papel importante dentro da prisão. Suas penas somam mais de 70 anos.

Tribuna do Norte

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