Ministério da Justiça deflagra operação para recolher celulares nas unidades e combater a comunicação ilícita do crime organizado em todo País

A quarta fase da Operação Mute, deflagrada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), foi iniciada nesta quarta-feira (24). A operação é realizada em todo o território nacional e tem o objetivo de recolher celulares das celas nas unidades prisionais, para combater a comunicação ilícita do crime organizado.

A Operação Mute é orquestrada em formato de “mutirões” de revistas dentro dos principais estabelecimentos penais. Em andamento em 51 unidades prisionais, em todos os entes federados, os procedimentos também têm a finalidade de reduzir os índices de violência e se estenderão até sexta-feira (26). O procedimento é considerado o maior já realizado pela Senappen em relação ao combate ao crime organizado nos presídios, por conta da alta adesão dos estados e participação dos policiais penais.

A comunicação proibida entre as pessoas privadas de liberdade configura um problema nacional com sérios impactos sociais, econômicos e psicológicos. Portanto, a Diretoria de Inteligência Penitenciária (Dipen/Senappen) sugere medidas de implementação de rotina e procedimento nos estabelecimentos penais e em conjunto com outras forças para o enfrentamento das comunicações proibidas no sistema prisional brasileiro.

Integração

Segundo o secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, a Operação Mute mostra a integração e engajamento da Polícia Penal com os estados, além de ter um caráter pedagógico. “Assim, atingimos a robustez da segurança pública, diminuindo a incidência de crimes e golpes como o estelionato”, afirmou.

Garcia ressaltou, ainda, que a Mute está inserida no contexto de enfrentamento às organizações criminosas que atuam nos presídios. “O intuito básico é cortar o canal de comunicação entre os internos e os criminosos fora das unidades prisionais. Dessa maneira, atingimos um cenário mais favorável da segurança pública nos estados, além de obter impactos positivos na redução dos crimes violentos letais e intencionais. Trata-se de uma estratégia importante, apoiada pelas secretarias de segurança pública estaduais, e coordenada pela Senappen”, conclui.

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