Mastologista alerta sobre aumento de casos avançados de câncer de mama

A campanha do Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, foi destaque na Tribuna Popular. Em pronunciamento na Câmara Municipal de Mossoró, nesta terça-feira (24), a mastologista Bárbara Duarte alertou sobre o aumento dos casos avançados de câncer de mama. De acordo com a médica, neste ano, são estimados 73 mil novos diagnósticos da doença no Brasil.

 

Ao relatar que a doença é responsável pela alta taxa de mortalidade de mulheres, Bárbara Duarte afirmou que o câncer de mama é um problema de saúde pública, e que, apesar do Sistema Único de Saúde (SUS) dispor de meios para enfrentar a doença, o diagnóstico muitas das vezes chega de forma tardia.

 

“Infelizmente a realidade é que as usuárias do SUS recebem o diagnóstico já em fase avançada, quando comparado às que utilizam o serviço particular. O rastreamento é feito através da mamografia, que possui recomendação de ser feita anualmente a partir dos 40 anos de idade, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia”, disse.

 

Segundo a mastologista, apesar do país possuir ampla estrutura para realização de mamografias, muitas das vezes a população não consegue ter acesso ao exame, o que dificulta o aumento no percentual de chance de cura. Bárbara Duarte sugeriu a adoção do método de busca ativa, ou seja, que os entes públicos façam a paciente ir até clínicas para realização do exame.

 

“Muitas pacientes deixaram de fazer exames na pandemia, isso aumentou a taxa referente aos casos de câncer avançados, que saltou de 6% para 9%. Precisamos sair do processo de rastreamento passivo (em que a pessoa sai de casa), para um processo de busca ativa”, afirmou.

 

Estratégias

 

Ainda em seu pronunciamento, Bárbara Duarte citou que, diante da dificuldade da população em se locomover até os postos de atendimento na zona urbana, a cidade de Goiânia (GO) está promovendo estratégia de busca ativa para diagnóstico precoce da doença.

 

De acordo com ela, estão sendo ofertadas capacitações, via mastologistas, aos Agentes Comunitários de Saúde para que os profissionais façam o exame do toque da mama no momento de visitas domiciliares, facilitando, assim, a triagem para detecção de novos casos.

 

“São estratégias simples de se implementar, e que podem aumentar o rastreamento da doença. O câncer de mama, quando diagnosticado em fase inicial, possui 95% de chance de cura”, concluiu.

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