LAÍRE ROSADO: ROGÉRIO MARINHO E A PRESIDÊNCIA DO SENADO

O ex-ministro do Desenvolvimento, Rogério Marinho, eleito senador nas eleições deste ano, será o candidato de Jair Bolsonaro à presidência do Senado para a próxima legislatura, 2023-2025. Para início de conversa, gostaria que ele fosse eleito, pois seria um potiguar, mais uma vez, na presidência da mais Alta Câmara do País Entretanto, vai ser uma luta difícil, pois Rogério terá que concorrer, dentro do seu próprio esquema político, com o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com a também recém-eleita senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que tem a simpatia da primeira dama Michele Bolsonaro. Isso, sem falar no que será sua maior dificuldade, Jair Bolsonaro não estará mais na presidência da República.

O senador Rogério acreditava na reeleição de Bolsonaro e alimentava projeto diferente. Seria nomeado novamente para o ministério do Desenvolvimento e, com o apoio do Presidente, teria quase quatro anos para investir em uma candidatura ao Governo do Estado do RN. Contudo, a eleição de Lula modificou o projeto inicial.

Quando eleito vereador em Natal, Rogério Marinho foi eleito presidente da Câmara Municipal e, em seguida, presidente da Federação das Câmara Municipais do RN. Nas duas posições, pavimentou sua eleição a deputado federal, onde assumiu posições sempre identificadas com o liberalismo.

Rogério foi mais longe ainda, quando nomeado para o importante Ministério do Desenvolvimento. Comenta-se que foi uma indicação do ministro Paulo Guedes, da Economia, de quem divergiu logo nos primeiros meses na nova função. Não aceitou ser um ministro teleguiado por outro participante do governo Bolsonaro. Houve quem acreditasse que ele não sobreviveria à crise, mas terminou como um dos ministros mais prestigiados pelo presidente da República. E, essa posição continua nos dias de hoje.

Rogério Marinho fez sua campanha para o Senado sem um palanque de candidato forte ao governo estadual. Habilmente, conseguiu unir votos de bolsonaristas com os de Fátima Bezerra, do PT derrotando seu principal opositor, o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, manteve a liderança nas pesquisas por toda campanha, mas o resultado final apontou Rogério com vitorioso para o Senado e Fátima Bezerra foi reeleita governadora do governo do Estado. Não foi um acordo “debaixo dos panos”, mas uma situação que aconteceu naturalmente.

A candidatura de Rogério à presidência do senado será oficializada no próximo 7 de dezembro, com pronunciamento do presidente Bolsonaro e do presidente Partido Liberal, Valdemar da Costa Neto. Até lá, muita água correrá por baixo da ponte.

 

 

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