LAÍRE ROSADO: REGISTROS ACADÊMICOS

 

Confesso que fiquei emocionado com o artigo publicado neste site, por Ney Lopes de Souza, no dia 8 deste mês, lembrando os 55 anos de formatura, na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.  Na fotografia dos concluintes, vi a minha irmã, Ilná Gurgel Rosado, com apenas 23 anos, o primeiro dos quatro irmãos a concluir um curso superior.

Conheci e convivi com a maioria dos que fizeram parte da denominada “Turma da Liberdade”, que convidou o ex-presidente Juscelino Kubitscheck para ser o seu patrono. Perseguido pelo regime militar, foi Juscelino que, em 18 de setembro de 1960, sancionou a lei que federalizou a Universidade Federal do RN (UFRN)”, criada pelo governador Dinarte de Medeiros Mariz, em 25 de junho de 1958.

Hoje, 12 de dezembro, é a vez de lembrar a conclusão de curso da turma da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, da qual fiz parte. Foi em 1969, há exatos 53 anos. Fui escolhido pelos colegas para ser o orador oficial dessa solenidade, no Teatro Alberto Maranhão. Não aceitei que o meu discurso fosse previamente censurado pela reitoria, como me foi solicitado por alguns radicais que queriam “mostrar serviço” aos governantes do momento.

Em 1969, houve uma transformação no cerimonial das festas de colação de grau da UFRN. A administração determinou o encerramento de solenidades isoladas, passando a realizar uma grande festa, única, reunindo os concluintes de todas as faculdades.  Algumas faculdades, como a de medicina, fizeram solenidades isoladas, numa confraternização restrita aos concluintes, familiares e amigos. No dia seguinte, a participação do ato oficial, na Praça Cívica de Natal.  Nos anos posteriores isso não mais se repetiu. As turmas participaram da diplomação em conjunto, com os concluintes, de todos os cursos, escolhendo patrono, paraninfo e orador únicos, para falar em nome de todos, como continua a acontece atualmente.

Terminada a solenidade, meu irmão, Laéte Gurgel Rosado foi me deixar na Estação Rodoviária de Natal, na Ribeira, para que viajasse à Mossoró no ônibus das quatro horas da manhã. Era o dia 13 de dezembro, Dia de Santa Luzia. Cheguei a tempo para participar da procissão da nossa padroeira e agradecer pela oportunidade de haver concluído o curso superior da minha preferência e iniciar a atividade profissional na cidade de Mossoró, onde até hoje permaneço.

 

 

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